domingo, 14 de fevereiro de 2021

Janeiro quente, traz o diabo no ventre

 


Há alguns dias, os jornais noticiaram um estudo sobre as temperaturas mundiais no mês de janeiro. Este mapa tirei-o da notícia do Público.

Embora o nosso janeiro tenha sido muito frio, sobretudo a primeira quinzena, tal como em toda a Europa (ver zona azul, no mapa), a nível mundial as temperaturas foram, em média, muito altas para a época (ver zonas com cor avermelhada), um dos janeiros mais quentes desde que começaram as medições, há 140 anos.

Na semana passada e sobretudo nesta que agora começa, o tempo vai ser tipicamente primaveril e a Natureza vai explodir. Na sexta enxertei videiras e algumas bravas já estavam a gemer.

Chuva e nevoeiro tem havido em abundância. Já sabe bem sentir a luz do Sol!

José Teodoro Prata

Alteração de 16-02: O comentário do José Barroso sobre a diferença entre a ciência e a nosso opinião, formada apenas pelo que sentimos, leva-me a sugerir-vos este documentário que usamos nas aulas de Cidadania e Desenvolvimento, quando damos o tema do Desenvolvimento Sustentável: 

https://www.youtube.com/watch?v=Kkv8aF9Jy_Y

2 comentários:

José Barroso disse...

Este mapa touxe-me à lembrança algo que já várias vezes tenho dito:
Os negacionistas (e não são assim tão poucos!), porque, em certos anos, se verificam picos de tempetatura mais baixa, (caso deste ano), dizem que não existe aquecimento global, quando se sabe que, neste caso, o que conta é a média.
E o pior é quando essa gente chega ao poder! Não nos esqueçamos que o famigerado Trump levou os EUA a deixar de subscrever o Tratado de Paris sobre a questão climática! A este propósito, tive oportunidade de ouvir o nosso famoso Neurocientista, António Damásio, a regozijar-se pela eleição de Biden, porque este "acredita na ciência", ao contrário do outro. Mas já sabemos que o populismo cavalga tudo o que é menos bom nas sociedades democratas (que, obviamente, não são perfeitas), e diz tudo o que as pessoas querem ouvir, para ganhar votos. Por isso, tem que haver massa crítica capaz de desmascarar esses indivíduos para que a verdade científica prevaleça. E, como sabemos, o populismp está a tornar-se poderoso em vários países, incuindo Portugal, com o Chega e com outros grupos, por exemp., médicos negacionistas que se opõem ao uso de máscara e outras medidas para controlar o covid-19! E também sabemos o que é a política: veja-se o que aconteceu nos já referidos EUA ontem, ao não condenarem Trump, depois de este instigar os correligionários a assaltar o Capitólio, onde houve 5 mortes!
Abraços, hã!
JB.

M. L. Ferreira disse...

O colapso de um glaciar nos Himalaias é uma das consequências trágicas mais recentes do aquecimento global, que, ainda hoje dizia o Bill Gates, vai afetar mais a população mundial do que a crise sanitária que estamos a viver. Apesar de tantas evidências ainda há quem negue. Em nome de quê? Será só burrice?
Sobre o frio e chuva que tivemos nas últimas semanas, deixaram-me bem contente. Até cheguei a pensar que, por estes dias, o São Pedro era o único que estava do nosso lado. Para além de estar de acordo com as pessoas mais velhas que dizem que fazem falta para a agricultura, também nos ajudaram a suportar um pouco melhor o confinamento a que estamos obrigados, permitindo-nos preguiçar um pouco sem grandes sentimentos de culpa. O pior é para quem é mesmo obrigado a trabalhar...