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sábado, 7 de novembro de 2009

Passeio na Gardunha


No próximo dia 15 de Novembro, domingo, temos passeio pedestre, pela Gardunha.
A organização é dos Bombeiros Voluntários de Castelo Branco, Grupo de São Vicente da Beira. O GEGA e a Junta de Freguesia apoiam.
O percurso está traçado, na imagem apresentada (clicar em cima, para ver melhor).
Não o conheço em toda a sua extensão, mas parece-me um percurso equilibrado:
- Não é excessivamente longo e só há uma subida acentuada (da Senhora da Orada ao Alto da Portela).
- Tem alguns pontos fortes: zona onde vai ser criada uma área de lazer, com lagar e moinhos antigos; vale agrícola da ribeira; ermida da Senhora da Orada; antiga estrada real, ainda com troços de calçada medieval; paisagens do Alto da Portela e doutros cumes; barragem do Casal da Serra...

Programa:
8.00 Concentração no quartel dos Bombeiros
8.30 Pequeno almoço
9.00 Início do passeio
13.00 Chegada
13.30 Almoço, convívio e visita ao museu (do GEGA ?).
Preço: 10 vicentinos (para pagar despesas)
Inscrições: 963269688 922022670 937901113 926438561


Lá estarei!
Aos que não forem, darei notícias.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

A Mãe-Natureza


Botões de flor de macieira

Os Antigos, de há mais de 3 mil anos, inventavam histórias, para explicar os fenómenos da vida.
Um desses mitos mais interessantes é o de Deméter, a deusa que, segundo a crença dos gregos, velava pela germinação das plantas, pela alimentação do gado, pela produção dos frutos.

Deméter, a Deusa-Mãe, tinha uma filha chamada Perséfona.
Um dia, em que a bela jovem colhia flores, a terra abriu-se de repente e surgiu Hades, que a levou consigo para o mundo subterrâneo.
O deus Hades presidia ao mundo dos mortos e desejava Perséfona para sua rainha.
Entretanto, no mundo dos vivos, a mãe Deméter procurava desesperada a sua querida filha. Noite e dia, percorreu vales e montanhas, mares e ilhas…
Alheada das suas obrigações, as plantas secaram, os gados morreram, a terra tornou-se estéril e fria.
Do alto do Monte Olimpo, Zeus, o pai e chefe de todos os deuses, preocupava-se com a morte da vida na Terra. E sabedor do destino de Perséfona, ordenou a Hades que devolvesse a filha a Deméter. Mas Perséfona só poderia regressar se nada tivesse comido no mundo inferior.
Ora Hades já urdira a teia para prender Perséfona. Dera-lhe a comer grãos de romã e assim ela ficaria consigo para sempre.
Zeus ficou com um dilema: Perséfona não podia voltar ao mundo dos vivos, mas, sem ela, Deméter não conseguiria cuidar da natureza.
A solução foi Perséfona passar metade do ano com o esposo e outra metade com a mãe.
Durante os meses que está sem a filha, Deméter fica triste, chora, desinteressa-se do seu trabalho e as plantas perdem as folhas, a terra arrefece, a vida pára.
Mas alegra-se quando recebe a sua filha de volta. As plantas rebentam em folhas e flores, as sementes germinam, o gado multiplica-se, a terra aquece.
Assim explicavam os Antigos as estações do ano.

Os romanos, nossos antepassados, mudaram o nome à deusa da natureza, de Deméter para Ceres, palavra que deu origem ao nome cereais.

Há poucas semanas, Perséfona regressou ao regaço materno. Notei-o nas encostas da nossa Gardunha. Vejam:

Giesta amarela


Macieira florida

Flor de macieira

Violeta silvestre

Malmequer silvestre


Ervilha silvestre

Carqueija



Carvalho





Nota: Desconheço os nomes das plantas não identificadas, apesar de as conhecer desde sempre. São todas muito pequeninas e abundantes nas encostas da serra da Gardunha.

Fotografias de Filipa Rodrigues Teodoro

sábado, 24 de janeiro de 2009

Esquilos na Gardunha

Hoje, à chegada a S. Vicente da Beira, no alto da barragem do Pisco, um esquilo atravessou a estrada e correu para o pinhal, sem me dar tempo de o meter na máquina fotográfica. Por isso, o que aqui vos mostro roubei deste sítio.



Já em Outubro, num pinhal jovem do Carvalhal Redondo, avistara um esquilo a saltar de ramo em ramo. Semanas depois, num castanheiro, vi ouriços abertos com castanhas mordidas por pequenos dentes, numa tentativa de as extrair.
Ali perto, no Ribeiro de Dom Bento, abundam resíduos de pinhas no chão, junto a vários troncos de pinheiros, como mostra a fotografia abaixo apresentada. Há mais de 10 anos que os meus pais ali costumavam encontrar destes vestígios, mas não sabiam quem os produzia.
Felizmente, estas zonas de S. Vicente escaparam aos dois grandes incêndios que destruíram quase por completo a fauna e a flora da Gardunha, nas últimas décadas.
Os esquilos avistados pertencerão à espécie do esquilo europeu, mas a cor é mais escura do que a do exemplar acima apresentado.
Para conhecer melhor esta espécie, clique aqui.