Manuel Vaz
Manuel Vaz nasceu em São Vicente da Beira, no
dia 30 de abril de 1892. Era filho de Joaquim Vaz, jornaleiro e carvoeiro, e de
Ana Maria, natural da Paradanta, residentes na rua Nicolau Veloso.
Assentou praça no dia 3 de julho de 1912 e foi
incorporado a 15 de janeiro de 1913, como soldado condutor. Ficou pronto da
recruta em 31 de maio de 1913 e foi licenciado em 1 de junho, indo
domiciliar-se em São Pedro de Torres Vedras.
Foi novamente mobilizado para fazer parte do
CEP e apresentou-se no dia 5 de setembro de 1916. Embarcou para França, no dia
8 de agosto, integrando a 2.ª Bateria do Regimento de Artilharia n.º 1, como
soldado condutor. Tinha o número 253 e a placa de identificação n.º 26702-
série A.
O facto de Manuel Vaz ter partido para França
integrado o Regimento de Artilharia n.º 1 poderá dever-se ao facto de o pai ter
falecido muito cedo, deixando cinco filhos ainda menores. A mãe terá partido
para Lisboa com as crianças e foi lá que se criaram e viveram, pois não há em
São Vicente qualquer registo de casamento ou óbito de nenhum deles.
O boletim individual de Manuel Vaz refere
apenas o seguinte:
a)
Tomou
parte na batalha de La Lyz de 9 de março de 1918;
b)
Esteve
de licença de campanha por 10 dias, com princípio em 3 de fevereiro de 1919;
c)
Regressou
a Portugal a 4 de maio de 1919.
Por fazer parte do Regimento de Artilharia n.º
1, Manuel Vaz foi um dos dois sanvicentinos a tomar parte na batalha de
La Lyz.
Condecorações:
·
Medalha
de cobre comemorativa da expedição a França, com a legenda: França 1917-1918;
·
Medalha
da Vitória.
Após o regresso a Portugal, domiciliou-se em
Lisboa, na rua das Escolas Gerais, n.º 15, mas terá mudado a residência pouco
tempo depois.
Sem domicílio conhecido desde 2 de outubro de
1921, passou ao 1.º Grupo de Baterias de Reserva, em 31 de dezembro de 1922, e
à Companhia de Trem Hipomóvel, a 9 de outubro de 19130. Passou à reserva territorial
em 31 de outubro de 1933.
Não foi possível encontrar documentos ou familiares que pudessem informar sobre a vida de Manuel Vaz após o regresso de França. No seu registo de batismo também não consta qualquer averbamento que dê conta de um possível casamento ou a data e local do seu falecimento.
Maria Libânia Ferrreira
Do livro Os Combatentes de São Vicente da Beira na Grande Guerra