segunda-feira, 20 de junho de 2011

São Vicente nos anos 70

GEGA RECUPERA FILME ANTIGO

O Grupo de Estudos e Defesa do Património Cultural e Natural da Gardunha, com sede em São Vicente da Beira, acaba de recuperar um filme com cerca de 33 minutos, rodado durante os anos de 1973 a 1976 e que mostra algumas das tradições desta vila do concelho de Castelo Branco. Destas tradições, algumas já desaparecidas, constam:
- A Semana Santa, com a cerimónia do Lava Pés, Procissão do Ece Homo, toda a recriação da Paixão de Cristo até ao Calvário e a Procissão do Enterro.
- A visita Pascal (Boas Festas), em que o pároco e sacristão visitavam todas as casas da Vila e das quintas à sua volta, com o Crucifixo que era dado a beijar a todos os habitantes.
- A romaria da Senhora da Orada, onde se pode ver como era o Santuário antes das remodelações a que foi sujeito.
- Uma tradição que foi mantida durante muitos anos, o Pic Nic em Lisboa, que era organizado pela extinta Liga dos Amigos da Freguesia de São Vicente da Beira, com sede na Capital no Bairro da Bica. Era um acontecimento que, nos anos 60 e 70, tinha a particularidade de juntar Vicentinos residentes em São Vicente da Beira e todos os outros que na procura de uma vida melhor se deslocaram para a zona da Grande Lisboa. Era nesta ocasião que se matavam as saudades e se convivia durante um dia que sempre ficava na memória de todos quantos participavam. A Banda Filarmónica Vicentina acompanhava sempre este acontecimento.
- Depois seguem-se alguns trechos da alvorada das Festas de Verão, em Setembro, onde se podem ver as centenas de foguetes que eram lançados.
- A fogueira de Natal e imagens do que era a Vila naquela altura.

Esta será porventura uma ocasião para recordar as vivências e os lugares de outrora.Por curiosidade refere-se que neste filme foram usadas cerca de 22 bobines de filme super 8 de três minutos cada e a revelação, feita em Espanha, demorou mais de um mês e meio. A montagem física do corte e cola do filme foi feita em dez dias e o que demorou mais tempo foi a recuperação digital deste documento histórico. Devido aos longos anos que esteve em bobine, a deterioração já era evidente e era urgente a sua recuperação. Muitos trechos do filme tiveram que ser recuperados digitalmente imagem a imagem, com ajustes da cor e outros tratamentos técnicos necessários. Ao fim de seis meses de intenso trabalho em computador, surge o que agora é mostrado, na tentativa de não deixar perder as memórias das gentes de São Vicente da Beira.

Como já é habitual, este filme pode ser visto em http://www.youtube.com/watch?v=BKLzD9sc-UY.
Outros filmes já editados pelo GEGA podem ser vistos na internet no Youtube. Basta pesquisar por GEGA BEIRA e terão acesso a todos eles.

domingo, 19 de junho de 2011

II Feira: Inauguração da Rota


A merendar na frescura dos cedros, junto à Casa do Guarda.


O fotógrafo fotografado.


Em fila indiana, rumo ao Castelo Velho.


"Segura-te, não caias!"


O João foi espreitar o Casal, pelo postigo na penedia.


A muralha do Castelo Velho, já derramada pela encosta.

sábado, 18 de junho de 2011

Abertura da II Feira...



A abertura da feira ficou a cargo dos Bombos Vicentinos.


Aspecto da feira, junto à Igreja.


Momento cultural da Escola Básica Integrada de São Vicente da Beira.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Eleições Legislativas 2011


Totais nacionais:
PSD - 38.63%
PS - 28.05%
CDS/PP - 11.74%
CDU/PEV - 7.94%
BE - 5.19%

Distrito de Castelo Branco:
PSD - 37,96%
PS - 34,8%
CDS-PP - 9,57%
CDU/PEV - 4,89%
BE - 4,19%

Concelho de Castelo Branco:
PSD - 38,05%
PS - 32,47%
CDS-PP - 10,76%
CDU/PEV - 4,52%
BE - 5,36%

Freguesia de São Vicente da Beira:
PSD - 44,43% (375 votos)
PS - 35,78% (302 votos)
CDS-PP - 6,4 (54 votos)
CDU/PEV - 2,37% (20 votos)
BE - 1.9% (16 votos)
Eleitores: 1526
Votantes: 944
Abstenção: 44,69% (abstenção nacional: 41,1%)

ANÁLISE:
Tal como em todas as eleições publicadas neste blogue, a freguesia de São Vicente da Beira votou em consonância com o todo nacional.
No futuro, basta conhecer os resultados de São Vicente da Beira, para saber quem saiu vitorioso no país!

sexta-feira, 10 de junho de 2011

O nosso falar: desacorçoado

A Ana, a viver em Aveiro, mas com raízes vicentinas, publicou um comentário com esta palavra, em "O nosso falar: destravado", de 16 de abril.
A palavra consta dos dicionários, embora já poucas pessoas a utilizem.
Nos mais antigos, vem desacorçoar, mas o moderno Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia de Ciências de Lisboa, tem desacoroçoar, com o mesmo sentido.
Uma pessoa desacorçoada está desanimada, desalentada, sem coragem.
Exemplos:
Se a rota de D. Afonso Henriques começasse na Vila e os caminheiros tivessem de subir a estrada a pique, até ao Casal da Serra, chegavam lá desacorçoados de cansaço e de calor, sem ânimo para seguir em frente.
E ainda se não levassem uma sandes e uma garrafa de água, no saco ou na mochila, ficavam desacorçoados a ver os outros a matar a fome e a sede, no penhasco do Castelo Velho.
Não há perigo, a organização vai apoiar os caminheiros. Mas, "Fia-te na Virgem e não corras...". Cá por mim, "Homem prevenido vale por dois!", não vá andar por lá desacorçoado!
Também existe descorçoar/descorçoado, com menos um a, mas o mesmo significado.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Rota de D. Afonso Henriques

A II Feira de Artesanato e Gastronomia de São Vicente da Beira é já nos próximos dias 17, 18 e 19 de Junho.
Entre muitas outras realizações, haverá um passeio pedestre, para todas as idades, ao Castelo Velho, no domingo de manhã, dia 19 de Junho.
A partida está marcada para as 8.30 h, no Casal da Serra, junto à casa dos Serviços Municipalizados (casa com os telhados em bico, imitando as casas de montanha, nos Alpes).
Será o retomar de uma tradição tão antiga como a nossa terra. Segundo o Vigário, em 1578, Dom Afonso Henriques, ao fundar São Vicente da Beira e a sua Igreja, com muitos privilégios, exigiu que os vicentinos fossem todos os anos ao Castelo Velho, para relembrar as origens desta povoação: a ajuda dos habitantes da zona, reunidos no Castelo Velho, a D. Afonso Henriques, na batalha da Oles, contra os mouros.
Escreveu o Vigário José Pegado de Sequeira que o abandono dessa tradição era, já em 1758, a causa da decadência de São Vicente da Beira.
Por isso, a rota se vai chamar Rota de D. Afonso Henriques. Em parte do seu percurso, coincide com a rota da Gardunha, do Geoparque Naturtejo.

Pontos fortes da rota de D. Afonso Henriques:
- Paisagem do campo albicastrense, com o Louriçal e o Colégio de São Fiel aos nossos pés, a barragem da Marateca no meio da planície e Castelo Branco ao fundo.
- Fauna e flora da Gardunha.
- Rochas classificadas como património municipal.
- O Castelo Velho, um castro da Idade do Bronze (cerca de 1000 a. C.)
- Obras de captação de água, dos anos 30 e 40, para abastecer Castelo Branco: barragem do Penedo Redondo e várias minas.
- O Casal da Serra, no colo da montanha.


Porquê a partida do Casal da Serra:
- Porque São Vicente da Beira é muito mais do que a sede da freguesia.
- Porque torna o percurso menos cansativo, embora ainda suficientemente desafiador dos limites de cada um. É um percurso para todas as idades, em que sobrará sempre boa disposição para apreciar o nosso riquíssimo património.

Nota: Pede-se aos participantes de São Vicente que passem pela Praça e Fonte Velha e dêem boleia a quem estiver sem carro. A Junta transportará, na sua carrinha, as pessoas sem transporte, mas poderá demorar, se forem muitas.