sexta-feira, 4 de abril de 2014

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Saudades de São Vicente
Saudades de São Vicente
Desta linda terra beirã
Tens Lisboa como irmã
Terra de fé, de gente crente
São Vicente terra bendita
Como tu não há igual
Neste nosso Portugal
És a vila mais bonita
Que Deus te guarde
Vila do meu coração
Ao Cristo rezo uma oração
E à Senhora da Assunção
São Vicente, terra airosa
Cheia de encantos e beleza
A vila mais portuguesa
Mui bonita e formosa
Vila de condes e morgados
Artífices, artesãos e judeus
Gente valorosa, meu Deus
Já são tempos passados
Vila de freiras e madres
De um convento arrasado
És por nós lembrado
Nunca tiveste frades
São Vicente terra formosa
Tens encantos sem igual
Em qualquer lado ou local
Minha terra, botão de rosa
São Vicente fica na Beira
Na Guardunha aninhada
És uma terra sagrada
Para nós tu és a primeira
Tens um santuário mariano
Onde brotam águas milagrosas
Cheira a cravos, cheira a rosas
Senhora, até pró ano

                                              Zé da villa

Um comentário:

Anônimo disse...

Quem é o poeta? Não se sabe.
Sabe-se é que faz boa poesia popular, com rima, musicalidade e graciosidade. Adivinha-se nele um vicentino que ama a sua terra.
Portugal, país de poetas, já dizia, há dias, o Chico Barroso. Assim é. No topo talvez esteja o Aleixo. Mas há muitos outros, (alguns talvez um pouco mais eruditos) que também cantam a alma lusitana, esse elemento agregador deste povo. Estou a lembrar-me do Pedro Homem de Melo e do 'Povo que Lavas no Rio', cantado pela nossa Amália.
Ó Zé da Villa, nestas coisas, a perfeição nunca se alcança, procura-se. Esmera-te como puderes e continua.
ZB