quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Fraga e Jerónimo

Já aqui fiz várias publicações sobre a família Fraga e Jerónimo e sobre a origem do nome Casal da Fraga.
Entretanto, encontrei um registo de 1768, do casamento de Manuel Rodrigues Fraga com Luisa [Maria] Leitoa, pais de Jerónimo Duarte Fraga.
O que me traz de novo ao assunto é facto de o pai do noivo não ter o apelido Fraga, mas sim Rodrigues Gregorio.
Neste casamento, tanto os pais do noivo como os da noiva vivam nuns casais de São Vicente da Beira. Mas não se usa o nome de Casal da Fraga.
Terá sido este Manuel Rodrigues a dar o nome ao casal? E como é que o arranjou para ele? Fraga seria apelido ou alcunha? E porque é que o padre que fez o registo escreveu Fraga a começar com maiúscula, ao contrário do que muitas vezes se fazia quando se acrescentava uma alcunha ao nome? Tantas perguntas sem resposta...

José Teodoro Prata

3 comentários:

Anônimo disse...

Não quero deixar de fazer uma referência ao post anterior do Zé da Villa. Esta "Ode a S. Vicente", é uma espécie de "volta em redondo", expressão usada (pelo menos) pelos que moravam acima da praça, para significar que saíam de casa, davam uma volta pela baixa (quase sempre pelas tabernas) e regressavam. Especialmente à noite, após o jantar (que, então, se chamava ceia). Aliás, o meu pai e talvez outros, usava mesmo a expressão "vou até à baixa". Mas, esta "Ode a S. Vicente" está muito bem! Entre muitos versos, gostei daqueles: "Santo António e S. Francisco...Nunca pisaram o risco." Eh! eh! eh!´Tá boa!
Quanto ao resto, a nossa história vai-se descobrindo aos poucos, todos os dias. Como diria o outro, devagar e com calma. Mas o que se constroi devagar, constroi-se com solidez. É caso para dizer: que nunca vos doa a cabeça para pensar e trazer aqui estas coisas que são tão nossas!
Abraços.
ZB



Anônimo disse...

São questões difíceis de responder. Ainda por cima, os registos também não ajudam muito porque a mesma coisa aparece escrita de diferentes maneiras.
Tenho consultado alguns documentos de meados do século dezanove e aparece muitas vezes escrito Casal da Paradanta, Casal do Violeiro, Casal do Vale de Figueiras. Quando se referem ao Tripeiro, Mourelo, Partida ou Pereiros, escrevem quase sempre Povo. Mas nem sempre é assim, por isso parece que é quase ao gosto do escrivão, ou não…

M. L. Ferreira

José Teodoro Prata disse...

Não era ao gosto do escrivão.
Um casal era um sítio com poucas casas (2, 5, 10, 15).
Um povo era uma povoação maior, com dezenas de casas.
Tu tens consultado registos do século XIX, mas no século XVIII o termo usado não era povo, mas monte.