segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Dos enxidros aos casais: histórias e gentes de São Vicente da Beira

 Primeiro, compraram-se e folhearam-se os livros.

Depois, os autores (ou seus substitutos) leram trechos das suas histórias.







 A seguir, os autores apresentaram-se e falaram sobre a sua participação neste projeto.


 Por último, falaram as individualidades: João Carrega, em nome da Editora (RVJ), Vitor Louro, como presidente da Junta de Freguesia e membro da Mesa da Santa Casa da Misericórdia, e Fernando Raposo, vereador da Cultura, em representação da Câmara Municipal.



Nota: 
A Câmara Municipal e os autores ofereceram o lucro da venda dos livros ao Lar da Misericórdia. 
Agora, o livro está à venda junto da Comissão de Festas e na Igreja da Misericórdia. 
Depois, ficará  à venda no Lar e noutros locais que a Santa Casa considere importantes. 
O preço do livro é 10 euros!

José Teodoro Prata
Fotos de Florinda Carrega e Sara Varanda

3 comentários:

Anônimo disse...

Foi reconfortante ouvir a leitura breve que cada um dos autores fez sobre um trecho da sua autoria.
À casa do Senhor Santo Cristo compareceram bastantes vicentinos, apesar do calor;muitos não foram, porque não sabiam
Vai ser um dos meus livros de cabeceira, os desenhos feitos pelos alunos das nossas escolas são lindos
Quem ainda não o adquiriu não se atrase, pode esgotar.


José Teodoro Prata disse...

Foi bonita a festa e, pelas fotos, pode verificar-se que a nossa Igreja da Misericórdia é um ótimo espaço para eventos culturais.
Passámos lá as horas de mais calor do dia mais quente do ano e nem demos por isso.

Jaime da Gama disse...

Tive pena de não poder estar presente mas a vida profissional não o permitiu, Obrigado José Teodoro Prata e aos restante colaboradores deste livro, espero adquirir um exemplar.

Deixo um pequeno texto de vocabulário que antepassados meus trouxeram para São Vicente da Beira:

A riqueza de uma comunidade costuma perceber-se num primeiro contacto com o modo de falar dos seus habitantes. Na terra existe um falar muito próprio, interessantíssimo, sobretudo na população feminina. Deve destacar-se em primeiro lugar na pronúncia a troca do b pelo v, melhor dizendo, a existência apenas do som b (baca, binte, biba, binho);a troca do a pelo e (Salguerel, amenhê) e cumulativamente do u pelo o (bureco; busquer; correl; róber; espinguerda; espatruquer = diz-se dos animais que saltam brincando, bater o pé na brincadeira, dar pinotes; despulguedo = aquele que sente fome; estrilhedo = barriga encolhida; escarrefocedo = despenteado) ou ainda do e pelo a (estramunhado = aquele que acordou à pressa).

Entre o vocabulário usual - popular, regional ou até local - devemos destacar: aguintar (deitar fora, atirar), ataquero ou batoque (criança demasiado pequena para a idade), borrifol (criança maldosa), chisna (sol quente), bandobudo (barrigudo), dazorro (de rastos), escadelecer (dormitar), engrolar (cozer à pressa), esgrogolar (beber), tósseira (ervas com muitos pés), farrabraz (homem capaz do bem e do mal), granhola (homem pouco hábil), grabanadas (rajadas de vento e água), ingremenço (invenção, criação), lapachero (lamaçal), lam-berca (rapariga deslambida), morrinha (chuva miudinha), mártele (mártir), mangerona (mulher desleixada), machorro (pequena mata ou arbustos bastante juntos), mechegra (dobradiça de porta ou arca), ó pialém, ó piaquém, ó despois, pramorde (por mor de), polina (grande concentração de insectos, animais ou pessoas), pringa ou pringueira (criança na vadiagem), parriba (para cima), pirrónico (pessoa com mau humor, embirrento, mal disposto), pochena (barraca, cabana), sarópeda (bátega de água), sapoula (nevoeiro intenso), scumássim (tenho de estar de acordo, do mal o menos), quintéso (enquanto, mas), tartaranha (mulher atrapalhada), tranqueta (fe-cho), chamiço (graveto), garraipo (galho), charamuga (acendalha), nanho (sem jeito para nada), escarapeado (pão com ocas no seu interior), redolho (o que vem atrasado, fora do tempo, tardio, serôdio).