terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Padre António Branco, 1924-2018


O Padre Branco faleceu hoje e o funeral realiza-se amanhã, pelas 15 horas, em São Vicente da Beira, sua última paróquia e terra adotiva, 
(além de sua mãe Luzia ser do Casal dos Ramos).
Foi a pessoa mais marcante da nossa freguesia, na segunda metade do século XX.

José Teodoro Prata
A foto é do Pe. José Leitão

4 comentários:

José Barroso disse...

Concordo plenamente com o que diz o Zé Teodoro.
O padre Branco, foi, de facto, um grande homem na nossa vila! Por sua iniciativa e da Professora D. Natália Alexandre de Moura, fui frequentar o Ciclo Preparatório da Telescola para S. Vicente da Beira. Uma base escolar muito importante para etapas ulteriores! Isto, depois de ter estado a trabalhar, cerca de 3 anos, numa empresa na zona da Grande Lisboa. Devo-lhes essa esclarecida intervenção junto de meus Pais.
Paz à sua alma.
Abraços.
ZB

Anônimo disse...

Serviu como ninguém São Vicente, o padre Branco foi um fazedor de obras.
Combateu o bom combate, conhecia as suas ovelhas
Era uma pessoa com uma capacidade extraordinária, encarava os problemas sem medo enfrentando-os; encontrava sempre uma solução
Já não está entre nós,a sua memória permanecerá para sempre viva nos nossos corações
Um amigo com quem tive o privilégio de trabalhar
Até sempre, padre Branco
J.M.S

Anônimo disse...

O Pe. Branco é visto por mim mais como um empreendedor, um construtor, do que um bom pastor. Talvez esteja errado.
Teria sido um excelente autarca, disso não tenho duvidas.
Como Pe. a visão mais marcante que tenho dele é das homilias com uma linguagem erudita, que a maior parte da assembleia não compreendia e que punha, durante a missa, grande parte das mulheres a rezar o terço e dos homens a dormir.
Mas ser Padre é seguramente das profissões mais árduas que se conhecem. A enorme solidão das noites, algumas das pessoas que os cercam...a fé que por vezes lhes foge por entre os dedos, as correrias aos domingos, de terra em terra, de missa para missa...
Agora no Céu infinito e durante toda a eternidade terá tempo para realizar grandes obras, que enquanto por cá andarmos, não nos será permitido ver. Mas estou certo que não vai parar...a paz para ele será poder continuar a contruir e estou certo que quando o encontrarmos iremos apercebermo-nos disso.
FB

M. L. Ferreira disse...

Com muitas fragilidades, pela sua natureza humana, mas realmente um homem a quem a nossa terra deve muito, nas mais diversas áreas.
Devemos-lhe também a forma como passámos a olhar para o nosso pároco: distante e autoritária, com o padre Tomás, e de grande proximidade, com o padre Branco.
A propósito desta proximidade, uma vez, alguns dias após a sua chegada a São Vicente, estava ele sentado com um grupo de crianças num banco da Praça, e chega a Dita. Fica ali um bocado a ouvir a conversa e a olhar, intrigada. Às tantas, muito séria, sai-se com esta: « Dizem que ele é pelado, mas afinal tem muito cabelo!« (para quem não sabe, "Pelado" é a alcunha da família da mãe do padre Branco, natural do Casal dos Ramos. A Dita era uma rapariga, deficiente mental, que fazia inveja a muitas crianças da Vila, quando se passeava pelas ruas com o seu boneco de papelão, o Teodoro).
Vamos todos recordar o Padre Branco pela sua obra e pelo seu carater, mesmo quando não eram consensuais.

M. L. Ferreira