domingo, 30 de dezembro de 2018

O regresso dos corvos


Os fogos não trouxeram só a devastação do momento e a consequente praga de eucaliptos e mimoseiras de que aqui já falámos. Não foram só coisas más. 
Sempre me lembro de haver corvos no Carvalhal Redondo, na orla do pinhal do Cabeço do Pisco. Mas eles partiram pouco tempo antes do recente incêndio, quando a vegetação tapou por completo os espaços abertos. A última vez que os vira eram seis belos exemplares.
O fogo limpou tudo e ei-los de volta. Agora são só quatro, mas enriquecem igualmente a paisagem. Por quanto tempo?

José Teodoro Prata

2 comentários:

José Teodoro Prata disse...

Lembram-se do corvo do "Cagarola"? Naqueles anos 70, ele e o seu café, com o corvo Vicente, foram mesmo algo de novo na nossa terra!

M. L. Ferreira disse...

O João Cuco, aqui no Casal da Fraga, também tinha um. De vez em quando abalava, mas mal ouvia o assobio do dono, vinha logo pousar-lhe no ombro. Um dia abalou de vez...

Na zona da charca do Casal Poisão e Valcaria também havia uma colónia bastante grande de corvos. Ainda há alguns, mas são menos agora, depois do incêndio do ano passado. Também deixei de ver as ninhadas de perdizes que, com frequências, se me atravessavam à frente na estrada para a Senhora da Orada, mas já as vi a caminho do Fundão. Se não andarem para aí aos tiros a elas, pode ser que tornemos a vê-la aqui por perto.