domingo, 17 de maio de 2020

Biodiversidade

A revista National Geographic deste maio de 2020 traz um estudo sobre os insetos.
São dela as duas imagens que se seguem, resultantes de recolhas de insetos, na mesma região da Alemanha, em 1989 e 2016, usando o mesmo método de captura.


O 1.º copo é de 1989 e o 2.º de 2016. Entre estes dois anos, registou-se, naquela região, uma diminuição de 76% da biomassa de insetos.
Segundo li há uns tempos, no Alqueva deslocam abelhas entre olivais, para fazerem a polinização das oliveiras, uma vez que a monocultura intensiva da oliveira destruiu o habitat dos insetos.

Segundo os autores deste estudo, as causas de tão drástica descida da população de insetos serão as alterações climáticas, o uso de pesticidas e a destruição dos habitat naturais.
A propósito de pesticidas, ainda não percebi porque é que os nossos autarcas teimam em pulverizar as ruas das nossas terras com pesticidas, várias vezes por ano. 

José Teodoro Prata

6 comentários:

José Barroso disse...

É importante que se façam estudos para, pelo menos, tentar minorar o tamanho da nossa pegada. Talvez seja difícil segurar isto. Têm que ser os governos - para isso é que são governos! - a impor regras sérias. Todavia, com o nosso sistema político das democracias e, mercê de vários fatores, nomeadamente, o populismo moderno, infelizmente, têm vindo a aparecer alguns líderes que puxam em sentido contrário ao da maioria da comunidade científica. Sem querer abordar as causas do aparecimento deste fenómeno, porque isso levaria muito tempo, queria apena dizer que, com medo desta irresponsabilidade dos eleitores, muitos doutrinadores políticos na Europa, defenderam o 'voto censitário' (e não o voto universal), porque não confiavam nas classes mais humildes devido à falta de cultura política, podendo o governo vir a ser entregue a partidos extremistas, fossem de direita ou de esquerda. Isso, afinal, acontece nos nossos dias quando se supunha não acontecer, visto que quase toda gente tem o mínimo de informação. Vejam os casos da América, Brasil, Reino Unido, Hungria, Filipinas, etc. É claro que há muitas dideferenças. O caso da América, devido à sua forte tradicão constitucional, não é igual ao Hungria. Mas são todos um sinal. E é o bastante para Trump ter saído dos acordos de Quioto e Paris.
Mas por incrível que pareça, isso do populismo não acontece apenas com Trumps, Bolsonaros, etc. Nada disso! Eu ainda há pouco tempo (quando andava aí na berra a Greta, a menina da Suécia), li um artigo no Observador, um jornal português, 'on line', de uma autora portuguesa, que afirmava que isto do aumento da temperatura é apenas mais um ciclo da Terra. E também há alguns cientistas (talvez conselheiros dos tais populistas) que afirmam o mesmo que o Observador.
Do meu ponto de vista, temos que introduzir algumas alterações no paradigma económico: deixar o consumismo exegerado e reciclar. O progresso tem que ser de acordo com as necessidades do homem e não apenas com as suas fantasias. Como? Isso era preciso fazer um bom programa político! Que, aliás, acho que até já há! É preciso é que faça vencimento na sua candidatura ao poder por esse mundo fora. Seja para a poluição, seja para o covid-19,
“PAREM DE DAR PODER A PESSOAS QUE NÃO ACREDITAM NA CIÊNCIA”, Harrison Ford (actor de cinema americano).
Abraços, hã!
JB

José Teodoro Prata disse...

Na linha do que escreveste, sempre que me indigno com os autarcas por nos mandarem pulverizar ruas e passeios, penso na revolta das pessoas contra eles, caso houvesse umas ervas nas ruas...

M. L. Ferreira disse...

As notícias vão-nos dando conta da extinção de muitas espécies animais e vegetais em todo o mundo, e parece que Portugal é um dos países europeus em pior posição neste aspeto.
Uma das maiores evidências deste problema (que até pode parecer uma vantagem, relativamente aos insetos) é o número cada vez menor dos que vêm contra os faróis e pára-brisas do carro quando viajamos à noite. É também já não sermos tão picados por moscas e mosquitos, como acontecia há uns anos, principalmente durante o verão. O problema, são os pássaros que têm cada vez menos que comer.
Acho que o meu quintal também não está a ter a invasão de abelhas dos últimos anos. Será apenas por causas meteorológicas?
Quando começámos a usar os inseticidas e outros produtos para eliminar algumas pragas pensámos que estávamos a evoluir em termos do domínio/controlo da natureza, mas afinal temos andado é a estragá-la, mesmo que só há pouco tempo tenhamos consciência deste problema.



José Barroso disse...

As gralhas são terríveis (dizia há dias o Francisco José Viegas) e é verdade, como toda a gente admite.
Assim, retifico "exegerado", por "exagerado" no meu comentário anterior. Há tempos também aqui escevi noutro, "talves", por "talvez", etc.
No caso de textos maiores, muitas vezes, dou com o lapso só ao fim de várias leituras outras; e outras, apenas após a publicação.
E com o novo acordo acordo em certos termos, de certeza que dou mesmo erro, especialmente nas palavras compostas por justa posição.
Uuufff!
Abraços, hã!
JB

José Teodoro Prata disse...

As gralhas são mesmo um flagelo, sobretudo para nós em que o raciocínio mental está ligado à escrita manual e não à do teclado. Pensamos uma coisa e escrevemos outra, às vezes é até o corretor a mudar. Ainda ontem corrigi gralhas neste texto mini.
Há uns tempos, li que se registara um decréscimo de 40% no número de aves, em certas regiões. Pelos menos os insetívoros vão à vida: melro, andorinha, carriça, pisco, felosa... Ver em: http://www.drapn.mamaot.pt/drapn/conteudos/FICHAS_DRAEDM/Ficha_tecnica_047_2005.pdf

Anônimo disse...

Se continuam assim na filosofial social, agarro-me ao teclado e faço aqui uma proposta à minha Ministra, para serem designados assessores do Governo para as questões do mundo rural, sob lema "somos capazes de salvar Portugal".
Sabem de gralhas virtuais e d'outras primas dos corvos, bem mais reais, de abelhas, de mosquitos, de passarada, de agro-toxicos. Acho que temos de avançar mesmo para a permacultura, para que os campos fiquem de novo tão lindos, tão verdejantes, como na capa revista "Sentinela".
Com um abraço amigo, para não falar demais,
do FB