quarta-feira, 20 de maio de 2020

Senhora da Orada


M. Libânia Ferreira

2 comentários:

José Barroso disse...

Já sabia desta festa com procissão pelas ruas da vila.
Desta vez o problema é essa coisa estranha do covid-19; mas lembro-me que um determinado ano, que já mal se vislumbra nas brumas da memória, foi a chuva que impediu a festa no santuário. Então o José Matias foi buscar a imagem da Senhora da Orada numa carrinha de caixa aberta; a missa foi dita na Igreja e houve uma procissão, não pela vila toda, mas apenas nas ruas próximas da praça. Há fotos antigas dessa procissão (acho que a festa cá em baixo aconteceu mais que uma vez, mas sempre por causa da chuva).
Isso, porém, são recursos, e não o que, de preferência, devia acontecer que era a festa na zona da capela.
Quanto à questão do fundamento religioso da Senhora da Orada, especialmente da sua lenda, respeitando como é óbvio a crença das outras pessoas, sou muito cético. A Igreja Católica aceitou, em tempos, quase sem questionar, as manifestações religiosas populares pagãs, depois de cristianizadas. Hoje já não é assim, não só no que respeita a Aparições como quanto a qualquer fenómeno religioso. Estou a lembrar-me do caso da chamada Santa Maria Adelaide (no norte do país), a quem o povo presta culto, pela incorruptibilidade do seu corpo, mas que não é reconhecida pelo Vaticano; quem estudou Medicina Legal (como eu), tem uma noção destes casos que acontecem em certas circunstâncias, conforme o corpo e o meio em que é feita a inumação.
Até digo mais: a Igreja Católica, tenta fazer as coisas o melhor que pode e o que se verifica é que, ao longo da história, tem andado muitas vezes às aranhas em relação a muita coisa. Não fôssemos nós todos homens! Eu, porém continuo a pensar que é a mais fiel confissão e organização que tem por base o Cristianismo, até porque é a mais antiga desta confissão.
Abraços, hã.
JB


José Barroso disse...

(aditamento ao comentário anterior que era para escrever, mas que acabou por me passar).
A festa da Senhora da Orada, poderá ser, independentemente da lenda que lhe está associada, uma invocação feita à Mãe de Jesus Cristo, Luz que veio dar uma esperança à nossa incerteza.
É neste sentido que pode ser entendida.
Abraços, hã!
JB