quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Jornadas de Medicina, 2015




Este ano, apresentei um trabalho intitulado 
"Demografia em tempo de guerra, São Vicente da Beira, 1801-1821". 
Será publicado nos Cadernos de Cultura, nas jornadas do próximo outono.
O gráfico acima apresentado refere-se aos registos de batismos e óbitos da nossa freguesia, 
quase todos já publicados neste blogue. 
A minha intervenção baseou-se neste gráfico e noutros dois referentes aos casamentos.

José Teodoro Prata

5 comentários:

Anônimo disse...

Olá pessoal! Tudo dentro das normas?
Este ZT é incansável!
O meu comentário de hoje, para além de um reconhecimento pelo seu trabalho, é também uma forma de pedir que me esclareça acerca do gráfico inserido na postagem.
Por exemplo, a que fatores se devem tantos óbitos no ano de 1810 (o que, atentos os nascimentos, levou a uma tão grande recessão do saldo fisiológico)? Terá sido a perda de muitas vidas nas Invasões Francesas? Mas as Invasões não começaram em 1807?!
Por outro lado, que factos político-sociais trouxeram melhores condições de vida à população, sensivelmente na segunda década do séc XIX? É que se verificou, então, um aumento significativo da média do saldo fisiológico, comparativamente com a década anterior! Ou tudo isto é fruto do acaso e, como diz a outra, "Não há coincidências"?
ZT: se tiveres vagar e responderes, é para seres telegráfico! Se for muita maçada, deixa lá...

Abraços.
ZB






José Teodoro Prata disse...

Chico:
A elevada mortalidade de 1810 foi de âmbito nacional, provocada certamente por carências alimentares, pois as Invasões Francesas desorganizaram totalmente a nossa produção agrícola, devido à necessidade de alimentar todos os exércitos em presença e devido aos gados que eram tirados da agricultura para fazerem os transportes dos vários exércitos. E a coisa já durava desde finais de 1807!
Isto é o consensual.
Por outro lado, acho que aqueles anos foram particularmente frios e chuvosos, o que terá prejudicado a agricultura, então baseada quase só em cereais de sequeiro (trigo e centeio), pois o cultivo intensivo do milho estava então a iniciar-se.
E também acho que a fome terá sido acompanhada por uma epidemia, pois na nossa freguesia as povoações fora dos eixos viários não sofreram quase nada (Tripeiro, Mourelo, Violeiro e Casal da Serra), enquanto a mortalidade na Vila, Pereiros, Partida e Paradanta foi particularmente violenta (a Paradanta ficava no caminho entre a Partida e o Castelejo, passando por lá toda a gente que ia da Charneca para o Fundão e em sentido contrário).
Outra prova de que houve epidemia é que as crianças morreram quase todas nos meses do verão.
Um abraço!

José Teodoro Prata disse...

As Invasões Francesas terminaram em 1812 e por isso as coisas melhoraram.
Mortos pelos franceses, só houve um da freguesia, natural dos Pereiros.
Se estabelecermos um paralelo com o que se passa na Síria e com o drama dos refugiados que de lá fogem, dá bem para perceber que, para além dos mortos na guerra, há outras consequências negativas, algumas até mais graves, que provocam sofrimento às pessoas durante anos!

Anônimo disse...

Não é o Chico é o Zé ... ó Zé !!
ZB

José Teodoro Prata disse...

Só olhei para o B, desculpa.
Mas vocês têm um estilo de escrita parecido.