quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Fontes: Barbaído



No dia 13 de setembro de 1713, casaram Manoel Gonçalves e Izabel Fernandes.
Como podem ver no pormenor, o noivo era 
«...do Casal do Barbaído desta freguesia de Nossa Senhora da Assumpçaõ...».
Já sabia que era a Câmara de São Vicente que nomeava anualmente o juiz do Barbaído, em vez de ser escolhido pelos moradores do Freixial e do Barbaído, como acontecia com a Torre do Louriçal.
E também que era o Vigário de São Vicente e não o cura do Freixial quem ia anualmente fazer a festa de São Brás, recebendo por isso o respetivo pagamento.
Agora, este registo de casamento vem informar que, em 1713, o Barbaído ainda pertencia à freguesia (paróquia) de São Vicente.

José Teodoro Prata

Um comentário:

Anônimo disse...

Sobre o post anterior, JMT:
Não sabia dessa do Padre Tomás. Se enviou o "santinho" a Salazar para "ad majorem Dei gloria?" - maior glória de Deus?. Se calhar, era para maior glória do próprio remetente!
Mas, não é de admirar! A nossa terra era um concelho medieval, forte na região. E teve sempre a sua gente importante ligada às correntes políticas mais legitimistas e reacionárias. Os vicentinos que, de uma ou outra forma se destacam como figuras com algum alcance histórico (em várias áreas), nunca primaram por uma abertura política. Mais: nunca passaram grande cartão à terra vicentina, como comunidade. O Hipólito Raposo, monárquico, tinha apego à terra, mas era um dos mentores do Integralismo Lusitano, doutrina que acabou por ser uma das bases dos Estado Novo, etc, etc. De maneiras que é assim. Quando se fala aqui de figuras de S. Vicente da Beira acabo por passar um pouco por cima do que é negativo. Eu já sabia da história do copo de água em Macau, mas não a referi.
Quanto ao post de hoje, agora percebi por que é que o Barbaído nunca foi o "Centro do Mundo", como fazem questão de dizer os seus naturais e habitantes! Sempre pertenceu a outros (hoje à UF Freixial de Juncal).
Joguei lá à bola num campo com sulcos de arado e ainda com restolho, tipo alqueve. O Ernesto Candeias veio de lá com uma anca toda ferida porque caíu mal e foi a arrastar por cima das pedras! Uma aventura!
Abraços.
ZB