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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Fontes: Barbaído



No dia 13 de setembro de 1713, casaram Manoel Gonçalves e Izabel Fernandes.
Como podem ver no pormenor, o noivo era 
«...do Casal do Barbaído desta freguesia de Nossa Senhora da Assumpçaõ...».
Já sabia que era a Câmara de São Vicente que nomeava anualmente o juiz do Barbaído, em vez de ser escolhido pelos moradores do Freixial e do Barbaído, como acontecia com a Torre do Louriçal.
E também que era o Vigário de São Vicente e não o cura do Freixial quem ia anualmente fazer a festa de São Brás, recebendo por isso o respetivo pagamento.
Agora, este registo de casamento vem informar que, em 1713, o Barbaído ainda pertencia à freguesia (paróquia) de São Vicente.

José Teodoro Prata

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Taliscas

Em trabalho anterior (Onde é?), pedi que me ajudassem a localizar o sítio das Taliscas. Acrescentei que era perto da ribeira e ali se situava uma capela da Câmara, além de uma propriedade da mesma.
Não recebi resposta, nem podia receber, pois uma leitura superficial do documento induziu-me em erro. De facto, um chão da dita capela situava-se nas Taliscas, mas não a capela.
Esta seria a capela de S. Francisco e, além deste chão, possuía mais 4 propriedades.
No dia 11 de Março de 1763, o escrivão Patricio Joze Coelho de Faria, o alcaide Eleuterio da Costa Marques, o capelão Reverendo Antonio Lopes de Carvalho e as testemunhas Joaõ Baptista Nugueira e Manoel Vas Rapozo deslocaram-se a cada propriedade, a fim de o capelão tomar posse das mesmas.
Esta tomada de posse revestia-se de um ritual curioso: o P.e Antonio Lopes de Carvalho chegava a uma propriedade e atirava terra ao ar, partia ramos das árvores, abria e fechava portais. Face ao consentimento das autoridades e das testemunhas, a posse estava feita e ele passava a ser considerado o novo proprietário.
O P.e Antonio Lopes de Carvalho era natural de Alcains e foi nomeado capelão com a condição de vir residir para S. Vicente da Beira e cumprir as suas obrigações de capelão Foi escolhido por morte do P.e Manoel de Almeida, o capelão anterior.

Segundo o Pedro Gama Inácio, as Taliscas localizam-se a pouco mais de 100 metros acima da ponte da estrada sobre a Ribeirinha, junto ao Casal dos Ramos, na margem esquerda da ribeira, entre esta e o caminho para as Quintas e a Senhora da Orada.

O Casal do Lopio será mesmo o casal então existente junto ao Barbaído.


Pormenor da Carta Militar n.º 256, do Serviço Cartográfico do Exército.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Onde é?

Ontem, estive no Arquivo Distrital de Castelo Branco, a consultar documentação sobre S.Vicente da Beira.
Deparei-me com os nomes de dois locais que não consigo localizar:
- Taliscas, junto à ribeira de S. Vicente, onde existia (existe?) uma capela da Câmara.
- Casal do Lopio, local onde habitualmente se faziam as esperas aos lobos, nas montarias.

Agradeço que me ajudem a localizar estes dois sítios. O primeiro é de certeza junto à Vila. O segundo será perto do Barbaído, onde existia um casal com esse nome.

A existência de um local para onde todos confluiam nas montarias aos lobos é uma novidade nesta região. No concelho de Montalegre, já visitei um fojo do lobo. Em S. Vicente da Beira, desconheço se existiria um fojo ou apenas um local com características adequadas à caça ao lobo. Deixo-vos algumas imagens de fojos do norte do país.


Esquema de fojo de paredes convergentes. O lobo fugia para ali, perseguido pelos caçadores da montaria. Ficava sem saída e era abatido.


Fojo de paredes convergentes, na Serra da Peneda.


Fojo circular, denominado fojo da Cabrita, pois era lá deixada uma cabra doente, para atrair o lobo. Uma vez lá dentro, o lobo já não conseguia sair e era abatido pelos caçadores. Este tipo de caça ao lobo dispensava a montaria.

Nota: As imagens são da internet.