domingo, 25 de dezembro de 2016

Auto de Natal


Este ano, para além das filhós, da fogueira e da Missa do Galo, também tivemos teatro na Igreja. Uma peça de Natal escrita pelo José Manuel Santos e José Teodoro e muito bem representada pelo nosso Rancho. Foi lindo!

M. L. Ferreira





Peguei na Etnografia da Beira e procurei tudo sobre o natal. Encontrei um auto de natal pastoril a que o autor, Jaime Lopes Dias, assistiu no Álvaro, Oleiros, em meados do século passado.
Selecionei algumas quadras de Natal, juntei-lhe as nossas filhós com vinho que não fazem mal e já tinha tudo. Mas não resisti a mais um poema de Salvaterra do Extremo.
Dei à mistura a forma de texto dramático e entreguei-o ao Clube de Teatro da minha escola. 
Durante as andanças para apresentar o livro dos Enxidros, percebi as potencialidades diversificadas do nosso rancho, a que juntei a poesia de cunho popular do José Manuel dos Santos. Aos primeiros propus representarem o auto e ao segundo que adaptasse as quadras à nossa terra.
O resultado foi muito bom, pelos vistos, pois não pude estar presente.
Fiquei feliz por ter proporcionado um natal melhor. O José Manuel e os atores do Rancho sentirão outro tanto.

José Teodoro Prata
Fotos da Sara varanda

Um comentário:

Anônimo disse...

Ao ver estas fotografias sinto um misto de sentimentos contraditórios, um sabor agridoce! Por um lado, vê-se vontade de alguns em trabalhar e não deixar morrer os acontecimentos e as atividades na vila. Mas por outro, vejo a igreja vazia de espectadores.
Estava a lembrar-me de, quando nos anos 60, fizemos na velha sala do hospital, uma imitação do Zip Zip que dava na RTP, sem qualquer texto de apoio! Houve apenas improvisação. Por isso, apesar de alguma falta de qualidade por inexperiência nossa, ainda hoje, na vila, se fala nessa peça improvisada! Mas a sala estava cheia!
Houve outras peças no Barracão do Padre Branco, sempre com muita assistência. Por isso, sempre me convenci que o nosso povo preferia o teatro ao cinema. Até porque tínhamos feito (na altura estava eu no Clube, o Ernesto Candeias e outros e o Padre Branco cedía-nos a máquina de projetar) em 79/80 um ano de cinema (aos domingos) na mesma sala. E a assistência era muito menos em média que nos teatros. Fico por isso muito surpreendido com esta ausência de pessoas na igreja.
É uma pena!
Abraços.
ZB