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segunda-feira, 25 de março de 2024

Palestra do Santo Cristo

 

Ainda é cedo para eu, o palestrante, fazer o balanço.
Acho que fomos infelizes na marcação da hora (16h), pois às 17h começava a via-sacra na Igreja e houve pessoas que não foram à palestra para irem à via-sacra.
Estiveram presentes cerca de 30 pessoas e acasos fortuitos impediram que fossem perto de 40. É a assistência normal, nestes eventos (entre 20 e 40 participantes). Embora este fosse um tema especial para nós. Mas a que distância já está o mito da realidade!
Tenho de passar a intervenção a escrito, pois o tema merece uma pequena brochura acessível a vicentinos e visitantes. Assim a Misericórdia tenha apoios para a fazer!

José Teodoro Prata
Foto da São Luzio

sexta-feira, 15 de março de 2024

Andam corças...


Na passada segunda-feira, cerca das 8:30h, uma corça atravessou a estrada, um pouco antes de se chegar ao cruzamento para a barragem do Pisco, vindo de C. Branco.

Eu vinha de carro a sair da lomba e ela teve de apressar a corrida, mas veio logo outro veículo em sentido contrário e a corça teve de se esticar toda para conseguir escapar. Seguiu depois pelo caminho que dá entrada no pinhal do sr. Francisco Ventura.

As corças devem ter aí um corredor de passagem, pois há uns tempos uma corça chocou com um carro que ia a passar, sensivelmente naquele local.

Andam corças pelos bosques e pelas estradas!

José Teodoro Prata

quarta-feira, 13 de março de 2024

segunda-feira, 4 de março de 2024

Conta-me histórias: a estreia

O salão da Casa do Povo encheu-se para o almoço da Comissão das Festas de Verão (cerca de 160 pessoas). A feijoada estava boa!

Após o café, cerca de metade das pessoas foram à sua vida, pois não tinham vindo a mais do que partilhar o momento do almoço e apoiar a organização. Por outro lado, o ruído era impróprio para o resto do programa. 

Mas houve boa vontade de todos e soubemos adaptar-nos às circunstâncias. O ruído foi diminuindo até desaparecer e...

...apresentámos o projeto Conta-me histórias: o Pedro Inácio Gama falou-nos sobre a vida do seu pai resineiro e o José Miguel Leitão partilhou a sua experiência na resina (no fim de três dias disse ao pai que preferia que o matasse a voltar lá); O João Prata Candeias falou dos Candeias e daquela que lhes deu o apelido, a candeia de azeite; o Francisco Alves Barroso contou a história da rapadoura e da sua importância no fabrico do pão; já não houve tempo para a Maria de Fátima Jerónimo, nem para mim, mas há mais marés que marinheiros. 

...o Fernando Pereira cantou as suas canções, as de sua autoria, as do cancioneiro reginal e as dos amigos que se foram cruzando com ele ao longo de uma vida de paixão pela música.

Foi bonita a festa, pá!




José Teodoro Prata

Fotografias de Rita Amaro

terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

O nosso falar: abelhudo e desabelhar

 Andámos a fazer o desdobramento de uma colmeia e no final uma abelha não nos largava, por mais fumo que lhe lançássemos em cima.  

- Desabelha daqui! – disse-lhe o Chico. E rimo-nos, porque a expressão vinha mesmo a calhar.

A abelha anda sempre de um lado para o outro, numa constante azáfama, por isso chamamos abelhudo a alguém com a mesma caraterística, sobretudo se aparece de forma constante e inoportuna. E desabelhar é mandar o abelhudo dar uma volta, desaparecer. Neste caso era mesmo uma abelha!

José Teodoro Prata

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

O nosso falar: espigos

 Levei grelos de couve-naba a uma amiga do Norte e ela gabou-me a excelência do arroz de espigos, em especial de couve galega. Cada vez que eu falava de grelos, ela respondia-me com espigos e a certa altura disparou:

- Porque é que não dizes espigos?

- Na minha terra também se diz espigos, mas aqui só se fala em grelos… - justifiquei-me.

Quis ser simpático e coloquei-me ao nível dos albicastrenses, mas lixei-me, pois a minha amiga não transige com as suas raízes.

No resto da conversa já só se falou de espigos.

José Teodoro Prata

sábado, 3 de fevereiro de 2024

Mais uma corça lusitana

 No livro Novelas do Minho, de Camilo Castelo Branco, mais propriamente na novela Maria Moisés, refere-se a origem do topónimo Santarém.

Já aqui escrevemos sobre o culto da corça pelos Celtas (0s Lusitanos eram Celtas) e da sua presença nas lendas de São Pedro de Vir-A-Corça, Monsanto, e da Senhora da Orada, São Vicente da Beira.

Mas vamos então ao Camilo:

O rei da Lusitânia Gorgoris teve uma filha que se apaixonou por um homem de baixa extração. O que denunciou estes amores foi, diz Bernardo de Brito em uma palavra de cunho português de lei, foi a «emprenhidão».

 - Credo! Que palavra! – exclamou com engulho D. Maria Tibúrcia.

- Não parece palavra de pessoa eclesiástica! – notou a outra senhora não menos escandalizada.

O mano Teutónio, como tinha piscado o olho direito ao cónego, ria-se, e o cónego, com a maior gravidade, disse:

- Minhas senhoras, os antigos faziam as coisas e diziam-nas; hoje em dia a civilidade não permite dizê-las. Ande lá com a filha de Gorgoris, sr. desembargador.

- Deu ela à luz um menino, que o avô deitou às feras; e, como as feras o não comessem, atirou-o ao Tejo. Foi o menino encontrado no sítio que hoje chamam Santarém; e, como quer que uma corça lhe desse o primeiro leite, chamou-se o menino Abidis, e daí veio chamar-se o lugar Esca Abis (manjar de Abidis), e, corrupto, Scalabis, etc.

Notas:

Frei Bernardo de Brito (1569-1617) escreveu uma monumental História de Portugal, em oito volumes, chamada Monarchia Lusitana. É a ela que o desembargador se refere para explicar a origem do nome Santarém.

Nestas 3 situações em que intervém uma corça a amamentar um bebé nascido de uma gravidez indesejada (no caso da nossa Orada, a corça alimenta a moça ainda grávida), a corça é como uma mãe que se dá num amor incondicional. Seria essa a caraterística que os Celtas atribuíam à corça, no culto que lhe prestavam?

José Teodoro Prata

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

O nosso falar: lambeteirice

 Estava num hipermercado com a minha mulher e, esgotada a lista de compras, perguntei-lhe:

- Não compramos nenhuma lambeteirice?

Que palavra! Na casa dos meus pais usavamo-la como sinónimo de guloseima, no sentido pecaminoso do termo (pretendia-se repreender a ato já praticado ou apenas desejado de gulodice).

Neste palavra, a net fica quase muda quando lhe pergunto. Só me mostra o lambeteiro, o mesmo que lambeta: mexeriqueiro e delator (Brasil), bajulador e adulador.

A lambeteirice lambe-se, se o guloso se controlar, claro. Em sentido figurado, o mesmo faz o bajulador e o adulador.

José Teodoro Prata

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

O nosso falar: pechorro

 Ando a ler o livro Os sertões, do brasileiro Euclides da Cunha (1866-1909), que fez a reportagem jornalística da Guerra dos Canudos (1896-1897) e posteriormente realizou um estudo sobre os sertões do Brasil (este livro), nas vertentes geográfica, humana e político-militar (neste caso, sobre a guerra acima referida).

O arraial dos Canudos situava-se no interior do estado da Baía e aí se concentraram milhares de sertanejos em torno de um louco (António Conselheiro, 1830-1897), a viver à margem da lei e da Administração Central. Esta guerra foi uma catástrofe humana, pois morreram cerca de 20 mil membros daquela comunidade sócio religiosa e 5 mil militares.

Sobre o assunto, foi realizado um filme (A Guerra dos Canudos) e Mário Vargas Llosa escreveu o romance A Guerra do Fim do Mundo.

 

Ora, à página 119, o autor escreveu que as pétalas das flores recém-abertas «…caem, mortas, sobre a terra imóvel sob o espasmo enervante de um bochorno de 35º, à sombra.»

As campainhas tocaram na minha cabeça quando li a palavra bochorno. Lembrei-me da expressão dos meus pais, quando estava um daqueles calores em que até o ar treme: Hoje está um pechorro! Ou seria pochorro ou bochorro? Ou mais certamente p´chorro ou b´chorro? Eu(tu), os meus(vossos) pais e as gerações anteriores fomos alterando oralmente a palavra bochorno, que existe de facto e significa muito quente.

José Teodoro Prata 

sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

O nosso falar: Resto de Boas Festas

Uma das minhas vizinhas desejou-me, a meio desta semana, entre Natal e Ano Novo, Um resto de Boas Festas. Há que tempos não ouvi nem usava esta expressão, tão nossa (desconheço se de outras regiões).

Ela é do Ingarnal, que fica na nossa zona geográfica e cultural.

Lembro-me bem de usar e ouvir: Resto de um bom dia; Resto de bom domingo; Resto de boas férias; Resto de bom aniversário; Resto de Bom Natal....

Atualmente já se usa pouco, em parte porque a urbanização levou ao abandono de muitas expressões antigas, o que, consequentemente, provocou um empobrecimento vocabular. Por outro lado, há muitos preconceitos sobre certas palavras/expressões. Hoje não fica bem falar em resto, parece que o que falta é a parte má do todo.

José Teodoro Prata

quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

O nosso falar: desassemelhado

Travei-me de razões com um galho de laranjeira e saí com um ligeiro raspão na testa. Agora secou e fez crosta, parecendo uma grande coisa. Hoje vi-me ao espelho e achei-me um pouco desassemelhado para a festa.

Desassemelhado é um adjetivo e o particípio passado do verbo desassemelhar. De certa forma, desassemelhado é sinónimo de desfigurado, adjetivo mais usado que este, que caiu em desuso.

Desassemelhado significa não estar semelhante ao que é habitual. No uso do nosso povo, penso que é mais suave que desfigurado.

José Teodoro Prata


Nota: há novo comentário (com informações importantes), na publicação Pe. Domingos Martinho Raposo (para voltar lá, escrever este nome da publicação na caixa da esquerda, ao alto)

quinta-feira, 12 de outubro de 2023

Os Sanvicentinos na 1.ª Guerra Mundial

Voltei à escola, a convite dos meus colegas, para falar sobre a participação dos beirões na 1.ª Guerra Mundial.

Precisei de fazer um pouco de estatística, que agora quartilho convosco:

Participaram na guerra, como combatentes, um total de 77 rapazes da freguesia de São Vicente da Beira: 56 integraram o Corpo Expedicionário Português (CEP), que lutou na frente ocidental, na Flandres (fronteira entre a Bélgica e a França, perto da cidade de Lille, junto ao rio La Lys): e 21 participaram nas campanhas militares no Sul de Angola e no Norte de Moçambique; nos três locais contra os alemães.

Cerca de 60% dos nossos combatentes eram analfabetos.

Faleceram 6 combatentes, durante a guerra ou imediatamente após o regresso.  Um número muito reduzido, em comparação com Penamacor que mandou um batalhão para Moçambique e teve mais de 100 mortos. Ou as freguesias do distrito de Portalegre, pois o Regimento de Infantaria 22 (RI 22), daquela cidade, esteve envolvido diretamente na Batalha de La Lys, uma pequena incursão alemã (comparada com as grandes batalhas desta guerra), mas que aos portugueses diz muito, pois os alemães atacaram e devastaram o setor português (e inglês).

Treze combatentes ficaram bastante doentes por toda a vida: stresse psicológico, pulmões queimados pelos gases, tuberculose…

Dos 56 militares do CEP, 20 deles (36%) sofreram castigos e/ou estiveram mesmo presos por atos de indisciplina e até revolta militar; incluindo o Major Fabião, que inicialmente era um dos oficiais do RI 22 de Portalegre, mas que depois desempenhou funções noutro regimento.

José Teodoro Prata

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Os nossos avós eram cientistas


Andei a semear nabos e fi-lo à maneira antiga; empalhados com caruma (na minha infância também usávamos a palha das enxergas, pois havia muita, da mudança que tínhamos feito em agosto).
Esta maneira antiga de cultivar previne a erosão dos terrenos, pelo vento e pela águas das chuvadas torrenciais, e conserva a humidade da terra, necessária à germinação. E ainda protege dos pardais as plantinhas acabadas de nascer,
Este é um saber de experiência feito, pois, como escreveu Duarte Pacheco Pereira, um dos grandes navegadores das viagens marítimas dos portugueses no século XV e provável descobridor do Brasil, a experiência é a mãe de todas as coisas.
Por estes dias também se tem andado em volta dos mostos das uvas, a observar a sua fermentação, isto é, a transformação dos açúcares das uvas em álcool. E para alguns, a seguir virá a produção da aguardente, em que a parte líquida dos resíduos da produção do vinho passará do estado líquido ao gasoso, sofrendo de seguida uma condensação para voltar ao estado líquido.
Tudo isto é ciência. Estes primeiros dias mais frescos, depois de tantos dias quentes, inspiravam os nossos mais velhos,  preocupados em preparar-se convenientemente para a longa noite do inverno.

José Teodoro Prata

segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Atafona

Na viagem que fiz, em julho, ao concelho do Sabugal, deparei-me com esta pedra de atafona, na povoação de Aldeia da Ponte. É utilizada como adorno, à porta de casa.
É de pequenas dimensões (cerca de 50/60 centímetros de diâmetro, incluindo o rebordo), embora na foto pareça maior. 
Uma atafona era um moinho manual, a sangue, isto é, movido à força de braços ou por animais. Eram utilizados nas zonas mais afastadas dos cursos de água, cuja corrente permitia a moagem a partir da força da água. Foram abundantes até surgir a moagem industrial. Algumas casas com mais posses tinham um para suprir as suas necessidades de farinha. No século XVIII, havia vários em Tinalhas, que moíam para a população.
Esta seria a pedra inferior, pois tem um corte no rebordo (em cima, o corte da esquerda é o rebordo partido) para sair a farinha. Esta pedra inferior estava fixa. A pedra de cima estaria presa à de baixo pelo eixo que existiria no buraco do centro. Na pedra de cima, talvez ligado a este eixo ou independente, haveria um pau para fazer rodar a pedra, manualmente.
Na área do nosso antigo concelho, ao engenho para moer azeitona, utilizando a força animal, chamava-se zangarra.
Segundo a Wikipédia, «Atafona, do árabe at-tahunâ, «moinho», é um tipo de mecanismo manual ou movido por força animal[1] destinado a transformar o andamento do animal em movimento rotativo para mover moinhosengenhos de açúcar, engenhos de ralar mandioca, engenhos de pastel, bombas para elevação de água, teares e outros equipamentos. Para além de seres humanos, foram utilizados para mover atafonas, entre outros animais, cavalosburroscamelos, bovinos, carneiros e cães.»

José Teodoro Prata

quinta-feira, 2 de julho de 2020

Vicentinos ilustres

D. Álvaro da Costa

Em 2012, participámos nas Jornadas Europeias do Património. O tema era O FUTURO DA MEMÓRIA. Entre outras iniciativas, deram-se a conhecer os vicentinos mais insignes (se é que há uns mais que outros). Essa foi a parte que me coube, a pedido da Junta de Freguesia, de que resultou um conjunto de placares, cada um com uma personalidade. A exposição foi apresentada na casa Hipólito Raposo, à Fonte Velha.
Os materiais perderam-se, mas tenho-os em PDF, assim como os documentos necessários para compor cada placar. 
Vou dá-los a conhecer a partir de hoje, seguindo a ordem alfabética.

Pintura representando o casamento do rei D-Manuel. D. Álvaro da Costa será a personagem à direita do rei, de barbas brancas, com a cruz da Ordem de Cristo ao peito.

VIDA E OBRA
- Nasceu em São Vicente da Beira, cerca de 1470.
- Era filho de Martim Rodrigues de Lemos e de Isabel Gonçalves da Costa, herdeira da fazenda vinculada do Ninho do Açor. Martim de Lemos foi comendador de São Vicente da Beira na Ordem de Avis. O casal tinha casas na vila.
- Álvaro da Costa tornou-se escudeiro-fidalgo da Casa Real, por influência de D. Jorge da Costa, o cardeal de Alpedrinha, seu familiar. Foi guarda-roupa e camareiro-mor de D. Manuel I e depois armeiro-mor do Reino e conselheiro de Estado. Recebeu do rei o título de Dom.
- Casou com D. Beatriz de Paiva e tiveram 5 filhos: D. Gil Eanes da Costa (vedor da Fazenda e membro do Conselho de Estado de D. Sebastião), D. Duarte da Costa (armeiro-mor do Reino e 2.º Governador Geral do Brasil)…
- Foi embaixador de D. Manuel I a Espanha e a Roma.
- Deteve a comenda de São Vicente da Beira na Ordem de Cristo, organização de que era membro.
- Desempenhou o cargo de vedor da Casa da rainha D. Leonor.
- Foi o 1.º provedor da Misericórdia de Lisboa.
- D. Álvaro da Costa foi sepultado no Convento de Nossa Senhora do Paraíso, em Évora, num túmulo do escultor renascentista Nicolau de Chanterene.

 Uma das nossas jóias do estilo artístico chamado manuelino: pia de água benta da capela da Senhora da Orada.
Como comendador da comenda de São Vicente da Beira da Ordem de Cristo, este Grande do Reino era o dirigente máximo da empresa (a comenda) que geria os bens religiosos no concelho de São Vicente da Beira. Esta pia e outras obras de arte da nossa terra terão sido adquiridas por D. Álvaro da Costa. O futuro museu de arte sacra dar-nos-à a conhecer outras preciosidades com que o comendador proviu as nossas igrejas e capelas.

Brasão dos Costa

Carta de D. Álvaro da Costa ao rei D. Manuel.

Túmulo de D. Álvaro da Costa, no Museu de Évora, proveniente da capela mor do convento dominicano do Paraíso, Évora, demolido em 1899.

José Teodoro Prata

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Mais fotos da apresentação do livro

 

 Capacete e cantil de combatentes na Grande Guerra


 Os autores

 João Carrega, da RVJ Editores

 Vítor Louro, da Junta de Freguesia
 José Alves, militar e vice-presidente da Câmara

 Bem velhinho!


José Teodoro Prata

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Homenagem aos combatentes da Grande Guerra

Além do lançamento deste livro, a Junta de Freguesia vai descerrar uma lápide de homenagem aos combatentes da nossa freguesia na Grande Guerra. Uma justa homenagem a quem tanto sofreu!


José Teodoro Prata

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Os nossos combatentes na I Guerra Mundial


Começámos há 3 anos. Julgávamos que eram pouco mais de uma dúzia de combatentes e descobrimos mais de 70! Em algumas povoações da freguesia, quase toda a gente teve um familiar na guerra.
O livro está quase pronto. Encontramo-nos dia 10, véspera do centenário do armistício.

José Teodoro Prata

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

As origens romanas dos albicastrenses

https://www.mixcloud.com/RACAB/rubrica-hist%C3%B3ria-ao-minuto-23-10-2018/


No 2.º Congresso Internacional de Arqueologia da Região de Castelo Branco, cujas atas foram publicadas pela Sociedade dos Amigos do Museu Francisco Tavares Proença Júnior, Mariana Almeida e o jovem arqueólogo albicastrense Edgar Fernandes apresentaram um estudo sobre a cerâmica romana de terra sigillata encontrada no monte de São Martinho, junto a Castelo Branco, e guardada no museu.
A chamada cerâmica de terra sigillata é constituída por peças de loiça fina destinadas ao consumo de comida e bebidas.
No monte de São Martinho foram encontradas peças provenientes dos centros produtores de cerâmica sigillata do norte de Espanha e da Andaluzia, do centro e sul de França, do centro e norte de Itália e ainda da Tunísia. Em termos temporais, esta cerâmica data dos séculos 1.º, 2.º e 3.º depois de Cristo.
Os comerciantes romanos traziam esta cerâmica fina aos habitantes do monte de São Martinho por via fluvial, subindo o rio Tejo até Casal da Várzea (em Alvega, Abrantes) e depois por estrada até aqui. Esta estrada atravessava depois a Gardunha e na Cova da Beira, próximo de Belmonte, entroncava na grande via Mérida – Idanha – Viseu; era por ela que desciam as mercadorias vindas do norte de Espanha e de França. Os comerciantes vindos da Andaluzia subiam de Mérida até Idanha-a-Velha e daqui continuavam por uma via secundária até ao monte de São Martinho.

José Teodoro Prata