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segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Natal beirão

UM AUTO DE NATAL
Natal Beirão

Da Etnografia da Beira, de Jaime Lopes Dias,
transformado em texto dramático por José Teodoro Prata,
adaptado a São Vicente da Beira por José Manuel dos Santos 
e representado, neste Natal, pelo Rancho Folclórico Vicentino.

O espaço assemelha-se a uma Igreja, com um corredor a meio e o público dos dois lados. No lado oposto à entrada, em local elevado, está um presépio vivo, com as principais figuras (São José, Nossa Senhora e o Menino Jesus) e eventualmente outras figuras tradicionais.
Um padre (ou um leigo com essa tarefa) aparece em local visível por todos e fala:

Padre:
É Natal. Alegremo-nos, nesta noite santa.
Comemoramos o nascimento de Jesus, que é Deus feito Homem.
Com alegria, cantemos todos:

Todos os presentes:

Alegrem-se os céus e a terra
Cantemos com alegria
Que já nasceu o Menino
Filho da Virgem Maria

Entrai pastores entrai
Por esse portal sagrado
Vinde adorar o Menino
Numas palhinhas deitado

Ao fundo da igreja, encontram-se as personagens intervenientes.
Os pastores avançam um passo e cantam:

Ó meu Menino Jesus
Ó meu menino tão belo
Logo vieste nascer
Na noite do caramelo

Avança o primeiro pastor, dando alguns passos em frente.
Entretanto, surge uma estrela que guia o pastor até ao altar. Esta deve estar sincronizada com os movimentos e paragens que os pastores vão fazendo até chegarem ao presépio.
Primeiro Pastor:

Vi uma estrela brilhante
E anjos a cantar
Levantei-me, comecei a andar
Até este local distante

Ó meu Menino Jesus
Ó meu Menino adorado
Aqui tendes a visita
Dos pobres pastores de gado

O primeiro pastor avança mais um pouco pela coxia e continua a declamar:
                                                                                                                                                                    
Ó estrela luminosa
Meus passos alumia
Que eu venho visitar
O filho da Virgem Maria

Perto da capela-mor:

Ó meu Menino Jesus
Estou muito admirado
De Vos ver com tanto frio
Nessas palhinhas deitado

Chega ao presépio, volta-se para o Menino dizendo:

A oferta que Vos trago
É simples e de pouco valor
É apenas um cordeiro
Dos que guarda o pastor

Ajoelha, beija o Menino e continua a declamar:

Também trago uma merenda
Das que me dá o patrão
Ó meu Menino Jesus
Tende de nós compaixão

A estrela inicia o caminho de regresso e o pastor despede-se dizendo:

Adeus Menino Jesus
As costas Vos vou virar
Adeus, até para o ano
Se eu cá puder voltar

Desce a coxia e junta-se aos outros pastores. Cantam todos:

Ó meu Menino Jesus
Ó meu Menino tão belo
Logo vieste nascer
Na noite do caramelo

Um segundo pastor entra em cena:

Junto ao gado eu dormitava
Quando ouvi anjos a cantar
Glória, paz na Terra, toca a levantar
Vamos adorar o Menino                                                                                                                                                                     

Não há vida mais triste
Do que a vida de pastor
De inverno apanha frio
De verão muito calor

Avança e no meio da igreja e continua a declamar:

Eu vos peço meu Menino
Do fundo do coração
Que me livreis de guardar gado
E que eu venha a ser patrão

Em frente ao presépio:

Trago-Vos umas castanhas
Que tinha enterradas no chão
Não as roubei a ninguém
São das que me deu o patrão

Finda a atuação do segundo pastor, o padre faz sinal à estrela para sair pela lateral e ela avança. O público zomba, rindo, mas o segundo pastor diz:

Entrei pela porta principal
Por ela quero sair
De nada me importa
Que esta gente se esteja a rir

De frente para o presépio, despede-se:

Cá voltarei para o ano
Se ainda for pastor
A visitar-Vos Deus Menino
Que Vos tenho muito amor

Desce a coxia e junta-se aos outros e todos juntos cantam:

Ó meu Menino Jesus
Ó meu Menino tão belo
Logo vieste nascer
Na noite do caramelo

Um terceiro pastor avança, levando um cabrito e um sarrão.
O cabrito berra e o pastor tenta acalma-lo; como não consegue, pede ajuda ao padre:

Ó senhor padre Manuel
Mande-me cá o sacristão
Que se não quer calar
Este grande berrão
                                                                                                                          
Entretanto, cala-se o cabrito e o terceiro pastor volta-se para as pessoas e diz:

Cá vem o pobre pastor
Que sempre usa seu cajado
Seu ofício, toda a vida
É andar a guardar gado

Chego a casa, enfadado
De andar lá pelo monte
Ainda a patroa me diz
Ó criaaado, vai à fonte

Em frente ao presépio:

Vem qui comigo
Um cabrito a saltar
Cá Vos o deixo meu Menino
Aos pés do Vosso altar

Entretanto, uma pessoa da assistência comenta:

Fraquinho! Muito fraquinho…

O público ri, mas o terceiro pastor não se mostra muito incomodado com a crítica e responde:

Ó meu Menino Jesus
Bem me podeis perdoar
Isto de fazer versos
É para quem os sabe quadrar

O público retoma a risada e o pastor com voz cava vai desabafando:

Ó meu Menino Jesus
Esta gente está-se a rir
Eu já nem vejo a porta
Por onde hei-de sair


A estrela começa a regressar e o terceiro pastor despede-se:

Ó meu Menino Jesus
Não me posso demorar
Pró ano se tiver saúde
Cá tornarei a voltar
                                                                                                                                                                
Regressa para junto dos outros e todos cantam:

Ó meu Menino Jesus
Ó meu Menino tão belo
Logo vieste nascer
Na noite do caramelo

Um quarto pastor avança e, voltando-se para o público, diz:

Esta noite de Natal
É noite de alegria
Vimos adorar o Menino
Filho da Virgem Maria

Vai subindo e no meio da coxia:

É meu Menino Jesus
É meu Deus verdadeiro
Foram-se-me os lobos ao gado
Levaram-me um cordeiro

Junto ao presépio:

Ó meu Menino Jesus
Eu vivo numas montanhas
Pouco mais tenho para vos dar
Do que umas tristes castanhas

Adeus, meu Menino Jesus
Filho da Virgem Maria
Se eu chegar a ser patrão
Até choro de alegria

Volta-se para o público:

Esta vida de pastor
É custosa de levar
Se não tira o gado a horas
O patrão começa a ralhar

Desce e todos cantam novamente:

Ó meu Menino Jesus
Ó meu Menino tão belo
Logo vieste nascer
Na noite do caramelo
                                                                                                                                                                   
O quinto pastor avança e começa a função dizendo:

Se algum ponto errar
Ninguém se deve rir
A porta do errar é larga
Todos lá podem cair

No meio da coxia, volta-se para o público:

Esta estrela luminosa
Por onde passa, alumia
Ela me vai ensinar
O filho da Virgem Maria

No presépio, beija o Menino e diz:

Aqui trago, Menino Jesus
Dentro do meu sarrão
Uma garrafa de Vinho
Que me deu o patrão

Faz menção para se retirar, mas volta-se novamente para o Menino:

Ó meu Menino Jesus
Já me ia a esquecer
Ainda cá tenho uma chouriça
Que é para vos oferecer

Regressa e cantam todos:

Ó meu Menino Jesus
Ó meu Menino tão belo
Logo vieste nascer
Na noite do caramelo

Padre:
Há mais alguém que tenha prendas para oferecer ao Menino?

Sobe um ganhão e diz:
Eu também quero adorar o Menino

Depois, junto ao presépio:

Eu Vos ofereço esta garrafinha
De vinho moscatel
Bem sei que não é para Vós
Mas para o senhor padre José Manuel
                                                                                                                                                                      
Uma camponesa sobre também e declama:

Eu deixo este agasalhinho
Para Vos aquecer
Fi-lo para Vo-lo oferecer
É de lã e bem quentinho

Uma costureira trazendo roupinhas:

Menino Jesus
Tenho que Vos dar
Pelos Vossos pés
Hei-de começar

O primeiro dado
Hão-de ser sapatos
Hemos de ir à feira
Comprá-los baratos

Já tendes sapatos
Precisais de meiinhas
Eu Vo-las farei
De linhas bem finas

Já tendes camisa
Precisais jaleque
Eu Vo-lo darei
De pano de crepe

Menino Jesus
Que mais Vos hei de dar!
Uma rica cama
Para Vos deitar

Uma padeira, com açafate na mão, sobe a coxia e declama:

Eu sou a padeira
Trago pães bem fresquinhos
Ouçam meus queridinhos
Quero ser a primeira

A adorar o Salvador…
Tão bonito que Ele é
Filho de Maria e José
Lindo, lindo, um amor

                                                                                                                                                                
Atrás vem uma lavadeira:

Eu sou a lavadeira
Seus cueiros quero lavar
Hei-de pô-los a corar
Na nossa ribeira

Avança a leiteira e diz:

Eu venho dar ao Divino
Um queijinho amanteigado
Há muito o tinha guardado
Para o oferecer ao Menino

No meio das pessoas surge uma voz:

Estou muito contente
Hoje nasceu o Salvador
Nosso rei e Senhor
Protege São Vicente

Ampara, guarda, dá saúde à nossa gente
Pereiros, Partida, Casal da Serra ou Mourelo
Vale de Figueira, Paradanta, Tripeiro ou Violeiro
Menino Jesus, é povo de São Vicente

Todos as personagens recitam:

Bendito e louvado seja
O Menino Jesus nascido
No ventre da Virgem Maria
Nove meses andou escondido

A assistência, com uma flor ou um raminho de oliveira na mão, intromete-se dizendo:

Pai-nosso vimos pedir
Paz, alegria, misericórdia e amor
Aceita Menino esta flor
Já é tarde, vamos dormir


Ó meu Menino Jesus
Dorme um soninho descansado
Muito obrigado
 Por este serão de truz                                             
                                                                                                                                                                        
O padre o termina o auto:

A todos os presentes
Tenham uma noite descansada
Apesar de estar gelada
Espero que estejam contentes

O Menino está dormindo
Nos braços da Virgem pura
Os anjos Lhe estão cantando
Meu amor, minha doçura!

As personagens, no fundo da igreja, cantam:

O Menino está dormindo
Nos braços da Virgem pura
Os anjos Lhe estão cantando
Meu amor, minha doçura!

Todos batem palmas e, enquanto vão saindo, cantam:

Ó meu Menino Jesus
Ó meu Menino tão belo
Logo vieste nascer
Na noite do caramelo

Fim

José Teodoro Prata

domingo, 25 de dezembro de 2016

Auto de Natal


Este ano, para além das filhós, da fogueira e da Missa do Galo, também tivemos teatro na Igreja. Uma peça de Natal escrita pelo José Manuel Santos e José Teodoro e muito bem representada pelo nosso Rancho. Foi lindo!

M. L. Ferreira





Peguei na Etnografia da Beira e procurei tudo sobre o natal. Encontrei um auto de natal pastoril a que o autor, Jaime Lopes Dias, assistiu no Álvaro, Oleiros, em meados do século passado.
Selecionei algumas quadras de Natal, juntei-lhe as nossas filhós com vinho que não fazem mal e já tinha tudo. Mas não resisti a mais um poema de Salvaterra do Extremo.
Dei à mistura a forma de texto dramático e entreguei-o ao Clube de Teatro da minha escola. 
Durante as andanças para apresentar o livro dos Enxidros, percebi as potencialidades diversificadas do nosso rancho, a que juntei a poesia de cunho popular do José Manuel dos Santos. Aos primeiros propus representarem o auto e ao segundo que adaptasse as quadras à nossa terra.
O resultado foi muito bom, pelos vistos, pois não pude estar presente.
Fiquei feliz por ter proporcionado um natal melhor. O José Manuel e os atores do Rancho sentirão outro tanto.

José Teodoro Prata
Fotos da Sara varanda

domingo, 8 de maio de 2016

As casas

As casas, os castelos, os palácios têm alma, guardam histórias, alegrias, tristezas, emoções de quem as habita ou habitou, são sacras as casas.
Verdadeiros alfobres, sejam ricas ou pobres, são beléns, ninhos de amor; carnal, filial, locais de união familiar, recordações que nos trazem à memória a nossa meninice, nossos pais e avós.
Todas as casas são lugares sagrados, refúgio para os seus.
Quando terminam o ciclo de darem guarida aos legítimos proprietários, outros as deviam utilizar:- associações de carácter lúdico ou social.
Preferível será “vende-las ou cede-las” a quem delas cuide e mantenha que deixá-las apodrecer, cair. Porque não as autarquias criarem mecanismos que incentivem à recuperação das casas degradadas através de regulamentação, apoiando no material: “areias, cimentos, tintas”…
As casas têm alma, fazem parte da paisagem urbana ou rural onde se situam, representam uma determinada época mais ou menos longa, se as pedras falassem, quantas confidências, quantas histórias, aventuras, não contariam as casas.
Cada vez que deixamos cair uma, o lugar fica amputado, pode nascer outra mais moderna, funcional, mas a história da anterior caiu com ela. É um ciclo novo que nasce, a alma daquelas pedras sagradas no momento da demolição desapareceu.
Há por aí tanta gente a necessitar de uma habitação condigna, vivem nas ruas, em casebres, sem qualquer conforto, sujeitos às intempéries.
Antes de caírem, reconstruam-se, mantendo a fachada original, depois; aluguem-se por um preço justo. É preferível, que abandoná-las como quem abandona um animal.
As casas têm alma, ao olharmos para elas imediatamente nos vem à memória pessoas da nossa geração que nelas habitaram, nossos pais e avós contavam-nos também nomes de vizinhos que nunca vimos mas ficámos a saber que para além dos Antónios, Josés, Marias… nossos e nossas contemporâneas outras e outros as habitaram.
Nesta existiu um sapateiro; naquela, um latoeiro; mais acima um barbeiro; naquele portão vendia-se vinho a copo, era uma taberna; um pouco mais abaixo nos baixios de um solar havia grandes tonéis onde os taberneiros se abasteciam, era uma adega; na mesma rua, comerciantes mercadejavam toda a espécie de mercadoria…
As casas têm alma enquanto estão de pé, quando caem; adeus.
Não são gente, mas deram e continuam a dar guarida às pessoas, a ser a pátria de cada um de nós; por isso e por cada casa que desaparece do mapa digo:
- Réquiem.

J.M.S.

Fotos de José Teodoro Prata

quarta-feira, 23 de março de 2016

Páscoa

A Páscoa dos cristãos, juntamente com a festa da Natividade, são as duas festividades mais importantes do calendário da Igreja.
A Natividade comemora o nascimento de Jesus, a Páscoa assinala a vitória da morte através da Sua ressurreição.
O tempo quaresmal recorda-nos os quarenta dias que Jesus viveu no deserto, onde passou privações de toda a ordem e foi tentado pelo demónio.
- Tudo isto Te darei se me adorares.
- Afasta-te de mim, satanás!
Durante quarenta dias, o povo crente jejua e faz penitência, é tempo de recolhimento.
 Antigamente as rádios, nomeadamente na semana maior, passavam música clássica, as folias terminavam na quarta-feira de cinzas.
A quaresma recorda-nos o sofrimento de Cristo até à sua morte na cruz.
A semana maior inicia-se Domingo de Ramos, com a entrada triunfal de Jesus e a Sua aclamação popular, na cidade de Jerusalém.
Quatro dias depois, o povo que o tinha aclamado condenou-O.
Interrogatórios, calúnias, e finalmente a morte na cruz.
Ao terceiro dia, Domingo de Páscoa, ressuscitou.
A Páscoa Judaica lembra a libertação do povo que esteve cerca de quatrocentos anos escravizado no Egipto. Os hebreus recordam também a passagem do anjo da morte pelas terras do Egipto. Nesse dia, o povo hebreu matou um cordeiro e com o sangue marcaram as portas, desta maneira o anjo passava. Nas casas que não tivessem o sinal, se houvesse nelas recém-nascidos, o anjo praticava a justiça…
É a festa da primavera, os hebreus assinalavam a Pessach, porque também se iniciavam as ceifas da cevada.
A Páscoa dos cristãos é um tempo de renovação, um tempo novo.
Através da Sua paixão e morte na cruz, Cristo redimiu-nos dos pecados e das tentações.

Jesus é o novo Cordeiro imolado, que libertou do pecado e da morte todos as criaturas que crêem na Sua ressurreição.


 Domingo de Páscoa, o senhor vigário percorria as casas do vicentinos benzendo-as e dando o Senhor a beijar a todas as famílias.
Os moradores das Quintas e do Caldeira recebiam o Senhor segunda-feira de Páscoa, o Casal no dia da festa da Santa Bárbara.
A Cruz florida simbolizava a vida, a ressurreição do Senhor. Cristo está vivo.


Ovos


Azeitinho das oliveiras de São Vicente


Açúcar



Aguardente


Envolve-se tudo muito bem, até a massa ficar rala, mas consistente


O forno está a ficar “branquinho”


Eis o produto final: são bolos da Páscoa de São Vicente da Beira


Esquecidos


Bolos de leite

Não há nada de novo, é só acrescentar mais um ponto e a história renova-se.
Para além da aguardente, açúcar e azeite, os nossos bolos levam também canela, leite, fermento…
Olhem, uma Páscoa feliz para todos!

J.M.S.

segunda-feira, 7 de março de 2016

Ladainha à Senhora da Orada

Pai-nosso…
Ave-Maria…

Celebrante:
- Meu Deus, vinde em meu auxílio
Todos:
- Senhor, socorrei-me sem demora
Celebrante:
- Glória ao Pai ao Filho e ao Espírito Santo
Todos:
- Assim como era no princípio…
Celebrante:
- Louvor a vós, Senhor Rei da eterna glória
- Louvai, ó servos do Senhor; louvai o nome do Senhor. Seja bendito o nome do Senhor, tanto agora como por toda a eternidade. Desde o nascer do sol até ao seu ocaso, seja louvado o
nome do Senhor.

Senhor tende piedade de nós
Jesus Cristo tende piedade de nós
Senhor, tende piedade de nós
Jesus Cristo, ouvi-nos
Jesus Cristo , atendei-nos
Pai celeste que sois Deus                                 ...Tende piedade de nós
Filho, Redentor do mundo que sois Deus        ...Tende piedade de nós
Espírito Santo que sois Deus                           ...Tende piedade de nós
Santíssima Trindade que sois um só Deus       ...Tende piedade de nós

Celebrante:
- O Senhor domina todos os povos; a sua glória ultrapassa os céus. Quem semelhante ao Senhor nosso Deus que está assentado nas alturas e se digna baixar seus olhos para o céu e para a terra?
Ergue do pó o indigente e retira o pobre do monturo, para o colocar com os seus príncipes, com os príncipes do Seu povo
Àquela que era estéril, faz habitar em sua casa cheia de alegria de ser mãe de filhos
Glória ao Pai…

Celebrante:
- Seja bendito o nome do Senhor
Todos:
- Agora e em todos os séculos

Santa Maria                                      ...Rogai por nós
Santa mãe de Deus                           ...Rogai por nós
Santa Virgem das Virgens               …Rogai por nós
Mãe de Cristo                                  …Rogai por nós
Mãe da divina graça                        ...Rogai por nós
Mãe puríssima                                 ...Rogai por nós
Mãe castíssima                                ...Rogai por nós
Mãe imaculada                                ...Rogai por nós
Mãe intacta                                      ...Rogai por nós
Mãe amável                                     ...Rogai por nós
Mãe admirável                                ...Rogai por nós
Mãe do bom conselho                     ...Rogai por nós
Mãe do Criador                              ...Rogai por nós

Celebrante:
-O nosso Deus está no céu, e fez tudo quanto quis. A prata e o ouro-trabalho das mãos dos homens- são os seus ídolos. Têm boca e não falam, têm olhos e não vêm, têm ouvidos e não ouvem; têm nariz e não cheiram, têm mãos e não apalpam, têm pés e não andam. Na sua garganta não se ouve a voz. Serão semelhantes a eles os que os fabricam e os que neles confiam
A casa de Israel confia no Senhor. Ele é o seu auxílio e o seu protetor. Os que temem o Senhor confiam no Senhor. Ele é o seu auxílio e o seu protetor
O Senhor lembra-se de nós e abençoar-nos-á. Abençoará os que temem o Senhor, tanto os pequenos, como os grandes. O Senhor multiplicará as suas bênçãos sobre vós e vossos filhos

Celebrante:
- Sede benditos do Senhor
Todos:
- Que criou o céu e a terra

Mãe do Salvador                    ...Rogai por nós
Virgem prudentíssima            ...Rogai por nós                              
Virgem venerável                   ...Rogai por nós
Virgem louvável                     ...Rogai por nós
Virgem poderosa                    ...Rogai por nós
Virgem benigna                      ...Rogai por nós
Virgem fiel                              ...Rogai por nós
Espelho de justiça                  ...Rogai por nós
Sede da sabedoria                  ...Rogai por nós
Causa da nossa alegria          ...Rogai por nós
Vaso espiritual                        ...Rogai por nós
Vaso honorífico                       ...Rogai por nós
Vaso insigne de devoção         ...Rogai por nós

Celebrante:
- O céu é o céu do Senhor, porém a terra deu-a aos filhos dos homens. Não são os mortos que louvam o Senhor, nem algum dos que desceram aos infernos. Mas nós é que bendizemos o Senhor, tanto agora como pelos séculos

Celebrante:
- Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo
Todos:
- Assim como era no princípio…

Rosa mística                             ...Rogai por nós
Torre de David                         ...Rogai por nós
Torre de Marfim                       ...Rogai por nós
Casa de ouro                            ...Rogai por nós
Arca da Aliança                        ...Rogai por nós
Estrela da manhã                      ...Rogai por nós
Porta do céu                              ...Rogai por nós
Saúde dos enfermos                   ...Rogai por nós      
Refúgio dos pecadores              ...Rogai por nós
Consoladora dos aflitos            ...Rogai por nós
Auxílio dos cristãos                   ...Rogai por nós

Celebrante:
- Ó fecundo Criador dos céus, luz eterna dos crentes, Redentor de todos os homens, ó Jesus, escutai as nossas súplicas.
O mundo ia perecer pelas insídias do demónio e no entusiasmo do Vosso amor Vos tornastes remédio dos seus males. Para expiar na cruz o crime universal da nossa raça, ó vitima inocente, saíste do augusto seio da Virgem.
Ao surgir a Vossa glória e o Vosso poder, ao soar só o Vosso Nome, tudo tremeu, céu e inferno, tudo dobrou de joelhos
Soberano Juiz do derradeiro dia, Vos suplicamos, defendei-nos de nossos inimigos com as armas da graça celestial.
Poder, honra, louvor e glória a Deus Pai e ao Filho Unigénito, assim como ao Santo Paráclito em todos os séculos; amem

Celebrante:
- Ó céus, derramai o orvalho; e que as nuvens chovam o justo
Todos:
- Abra-se a terra e germine o Salvador

Rainha dos Anjos                                                   ...Rogai por nós
Rainha dos Patriarcas                                           ...Rogai por nós
Rainha dos profetas                                               ...Rogai por nós
Rainha dos  Apóstolos                                           ...Rogai por nós
Rainha dos confessores                                         ...Rogai por nós
Rainha das Virgens                                               ...Rogai por nós
Rainha de todos os Santos                                     ...Rogai por nós
Rainha concebida isenta do pecado original        ...Rogai por nós
Rainha elevada aos céus em corpo e alma           ...Rogai por nós
Rainha do Santíssimo Rosário                              ...Rogai por nós
Rainha da Paz                                                       ...Rogai por nós

Celebrante:
- Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo (3 vezes)
Todos:
- Perdoai-nos Senhor

Celebrante:
- Ó Deus que segundo a anunciação do Anjo quisestes que o Vosso Verbo assumisse a carne humana no seio da Bem -Aventurada Virgem Maria; concedei aos Vossos suplicantes que os que creem que Ela é verdadeira Mãe de Deus, sejam auxiliados na Vossa presença com a intercessão das suas preces
Pelo mesmo Cristo Nosso Senhor
Todos:
- Amem                                                                    

(Missal Romano Quotidiano, Monsenhor Freitas Barros)
Castelo Branco 2 Março 2016


José Manuel dos Santos