Enxidros era a antiga designação do espaço baldio da encosta da Gardunha acima da vila de São Vicente da Beira. A viver aqui ou lá longe, todos continuamos presos a este chão pelo cordão umbilical. Dos Enxidros é um espaço de divulgação das coisas da nossa freguesia. Visitem-nos e enviem a vossa colaboração para teodoroprata@gmail.com
terça-feira, 30 de setembro de 2025
domingo, 28 de setembro de 2025
Rua do Forno?
Encontrei esta imagem na net, site httpspt.wikipedia.orgwikiS%C3%A3o_Vicente_da_Beira#mediaFicheiroRForno.jpg.
É mesmo da nossa Rua do Forno (se for, é antiga), de outra rua ou de uma das anexas? Alguém pode esclarecer?
Jopsé Teodoro Prata
sexta-feira, 26 de setembro de 2025
Condomínios de aldeia na Paradanta e no Mourelo
quinta-feira, 25 de setembro de 2025
sexta-feira, 12 de setembro de 2025
Incêndio de 2025: um balanço
Esta imagem foi publicada no facebook, pelo José N R Silva. Um silêncio
ensurdecedor!
Vivi a tragédia à distância. Às primeiras notícias sobre a
passagem do fogo para o nosso concelho, na zona da Paradanta, avisei o meu vizinho
David, para que fugisse para a Vila. De noite, o vento mudou de direção e
mandou o fogo para a Orada e consequentemente para as Lameiras e Casal da
Serra. O Ribeiro Dom Bento ficava na rota das chamas. Nessa noite, a minha
gente afastou-o das casas na Tapada da Dona Úrsula. De manhã, o David mandou-me
mensagem dizendo que ia subir, a ver como estava o Ribeiro Dom Bento. Ao
chegar, nova mensagem, informando que não ardera, mas o fogo estava a chegar,
ia chamar os bombeiros. Ao fim da tarde, a boa nova: não ardera.
Voltei lá uma semana depois e surpreendeu-me a forma errática
como o fogo avançou, ao sabor da ventania, deixando pequenos núcleos intocados,
os que tinham menos combustível ou estavam nas margens da rota do vento. Mas
quem apagara o fogo que foi ficando para trás e depois o travou no Louriçal e
na Charneca?
Perguntei ao meu sobrinho Vicente e a resposta dele foi
exemplar: muitas pessoas é que tiveram de apagar o fogo, porque para um fogo
desta dimensão não havia bombeiros que chegassem. Um exemplo de serenidade,
vindo de alguém que terá passado dias e noites sem ir à cama. E num tempo de
emoções à flor da pele!
Tendemos a realçar o lado mau das coisas, mas a verdade é que
o fogo, que avançara livremente desde Arganil, foi travado na vertente sul da
nossa Gardunha. É verdade que os aviões já haviam sido reparados, que houve
tempo para a chegada de mais bombeiros (na primeira noite, os meios eram muito diminutos),
que eventualmente se foi aprendendo com os erros e corrigindo as ações a
desenvolver. Mas devemos estar orgulhosos pelo que fizemos (comunidade, bombeiros, autoridades..., todos os que estiveram no terreno)!
Por outro lado, olhando para o Caldeira, eucaliptos
encostados às casas, a norte, junto à estrada, e pinheiros encostados às casas,
na parte sul. À margem da lei e prontos para o próximo banquete de chamas!
José Teodoro Prata
quarta-feira, 10 de setembro de 2025
terça-feira, 9 de setembro de 2025
Fungos
Este cogumelo nasceu no tronco a apodrecer de um eucalipto, no Ribeiro Dom Bento, São Vicente, serra da Gardunha. Já lá vive há vários anos e anualmente surge uma nova geração (em baixo, são visíveis os do ano passado).
José Teodoro Prata
terça-feira, 2 de setembro de 2025
Poesia Simples: Apresentação
Texto da apresentação do livro Poesia Simples, da autoria de
José Augusto Alves, por José Miguel Teodoro; dia 3 de agosto, na Igreja da
Misericórdia
Chega hoje ao fim a segunda de três vidas desta Poesia Simples, de José Augusto Alves, o
Zé da tia Rita.
Teve uma primeira vida - que foi o tempo em que foram
compostos estes versos.
Estimamos, um período de quase 20 anos, começado em 1969 ou
1970. Não sei se, antes disso, o José Augusto Alves já fazia poemas; sabemos,
porque ele o escreveu, que foi a partir do diagnóstico de uma doença grave que
encheu de poemas os 4 ou 5 cadernos que nos chegaram.
José Augusto Alves nasceu em S. Vicente, em 1918, e aqui
viveu até aos 70 anos. Filho da tia Rita e do tio Augusto Manha.
Falemos agora da segunda vida desta Poesia Simples.
Para contar rapidamente como é que aqui chegámos, neste
projecto realizado a três, que três são os responsáveis editoriais do livro - o
José Teodoro Prata, a Maria Libânia Ferreira e eu próprio.
Talvez, no ano passado, falou-se de autores de S. Vicente,
que pudessem dar um livro.
Inevitavelmente, falou-se de José Pires Lourenço.
E aí se falou de outros nomes, falou o ZTP, além do José
Lourenço, a Ana Vitorino Silva e o José Augusto Manha.
Fez-se depois à localização e recolha dos materiais:
- no jornal Pelourinho,
que se publicou em São Vicente, a partir de 1960, onde encontrámos o José
Lourenço, a Ana Vitorino Silva, também o José Bernardino, e outros
- contactos com particulares, e com o GEGA.
Lemos tudo isso.
O que publicar, então, que fosse mais interessante para as
pessoas de São Vicente?
Até podia ser um livro que incluísse poemas de vários
autores.
Acabámos por nos decidir pelo José Augusto Alves.
Mais de 200 poemas, de temas muito diversos, tudo em verso:
uma História de Portugal; uma reportagem, digamos, da visita do Papa a
Portugal; uma biografia de São Francisco; creio que outra de Santo António;
acontecimentos nacionais (a seca, os fogos, eleições, etc.); família; a doença,
consultas, etc.; São Vicente, locais e pessoas.
Decidimo-nos por estes.
Depois, foi passar o manuscrito em processador de texto, e
tratar de toda a parte editorial, cujo resultado aqui trazemos, na forma deste
livro.
Mantivemos o título, Poesia
Simples, atribuído pelo poeta a todo o conjunto do que escreveu.
É nosso o subtítulo, Versos
sobre a minha terra, São Vicente da Beira, que resume o conteúdo, em
concreto.
O que nos parece mais assinalável nestes versos e no livro:
- as nossas coisas - a igreja, as capelas, festas,
eventos sociais, ruas, a praça, o pelourinho, a fonte velha, a banda, o clube
de futebol, a casa do povo, o hospital, etc.
- as pessoas - pessoas que conhecemos e que ele nomeia, pelos
nomes próprios, muitas vezes pelas alcunhas: Zé Té-Té, o Pinura, o Arrebotes, o
Tó Relojoeiro, o Zé Ar, a Filha do Talanga, o João Cagarola, ele próprio, José
da Tia Rita e a mulher, Palmira Sardinheira.
- a visualidade - ele dá a ver, quando descreve uma rua, uma
capela, é quase um repórter, ou um pintor, ou desenhador (tem uma porta, 15
janelas, pilares, o telhado é assim...), e nós é como se estivéssemos a ver, a
conferir...
- a relação, o compromisso com o leitor, parece estar sempre
a dialogar connosco, ao ponto de escrever - traduzo - agora tenho de voltar
atrás, porque me esqueci de...
- o volume enorme da sua produção.
Foi assim, a segunda de três vidas desta Poesia Simples.
Neste ponto, devo registar e agradecer a colaboração e disponibilidade dos descendentes de José Augusto Alves; o apoio do GEGA no acesso aos materiais para este livro; o acolhimento pela Santa Casa, que aceitou fazer a edição; os apoios financeiros, sem os quais não seria possível vender o livro por este preço - a Câmara de Castelo Branco, a Fonte da Fraga, e a Junta de Freguesia de São Vicente; o apoio da Comissão das Festas do Verão e do José Candeias, da Antena 1, na divulgação.
Pessoalmente, agradeço aos meus companheiros desta jornada -
José Teodoro Prata e Maria Libânia Ferreira - ao Ricardo Santos e ao Artur
Santos, que produziram o livro.
Inicia-se, agora a terceira vida da Poesia Simples.
O livro passa a ser dos leitores.
Adquiram um exemplar e deliciem-se com a oportunidade de
viajarem no tempo, em locais conhecidos e com pessoas que conhecemos
pessoalmente ou de quem ouvimos falar.
Bom proveito.
Muito obrigado.
(Publicado por José Teodoro Prata)