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sexta-feira, 24 de julho de 2020

Os Sanvicentinos na Grande Guerra


Domingos Mendes


Domingos Mendes nasceu no Mourelo, a 8 de julho de 1892. Era filho de Gonçalo Mendes, sapateiro, e Joaquina Maria.
Assentou praça no dia 12 de julho de 1912 e foi incorporado no Grupo de Baterias de Artilharia de Montanha, em 14 de julho de 1913. Sabia ler e escrever e tinha a profissão de jornaleiro.
Pronto da recruta, em 30 de maio de 1913, passou ao quadro permanente, em virtude de sorteio. Embarcou para Angola, no dia 11 de setembro de 1914, integrando a 1.ª Expedição enviada para aquela província ultramarina, a fim de reforçar o contingente militar que já se encontrava no sul daquele território, ameaçado pelas tentativas de ocupação alemã.
De acordo com a sua folha de matrícula, participou no combate de Naulila, em 18 de dezembro de 1914, e fez parte do Destacamento do Humbe, onde entrou em 7 de janeiro de 1915. Pertencia ao destacamento que reconquistou e ocupou o Cuamato, de 12 a 27 de agosto, tendo tomado parte também na ação do Ancongo, em 13 de agosto de 1915, e no combate da Inhoca, em 15 do mesmo mês, dia em que o destacamento entrou no Forte do Cuamato.
Com o mesmo destacamento, avançou sobre Cunhamano, em 20 de agosto, a fim de restabelecerem as comunicações que haviam sido cortadas pelo inimigo. No dia 24, participou também no combate da “Chana da Mula”.
Foi licenciado em março de 1916, mas novamente incorporado passado pouco tempo, para integrar a 3.ª Expedição para a província de Moçambique. Embarcou em 27 de julho de 1916 e foi destacado para Namoto, uma das localidades do norte de Moçambique que, uns meses antes, tinham sido atacadas pelos alemães. Não se conhece mais nada sobre Domingos Mendes durante este período, mas sobreviveu aos muitos ataques e dificuldades por que passaram os militares portugueses envolvidos naquela expedição. Regressou a Lisboa no dia 23 de dezembro de 1917.
Passou ao Batalhão n.º 1 da Guarda-Fiscal, como soldado de Infantaria, em 24 de Dezembro de 1917, e ao Regimento de Artilharia de Montanha, em 24 de dezembro de 1921.
Licenciado em 25 de dezembro, foi domiciliar-se em Lisboa, na rua Vale de Santo António, e alistou-se na Polícia Cívica de Lisboa, em 1 de agosto de 1925. Abatido ao efetivo desde 1933, deixou de pertencer à Polícia e foi aposentado em 26 de Novembro de 1936.
Condecorações:
·      Medalha das Operações Militares na Província do Sul de Angola
·      Medalha das Operações Militares em Moçambique
·      Medalha da Vitória.
Família:
Domingos Mendes casou com Maria Gama, em Lisboa, no dia 6 de dezembro de 1920. Terá vivido naquela cidade e foi lá que faleceu a esposa, em 1959.
Não foi possível saber se deixou descendência, nem a data e local exatos do seu falecimento, mas terá sido também em Lisboa, já depois da morte da esposa.

Maria Libânia Ferreira
Do livro "Os Combatentes de São Vicente da Beira na Grande Guerra"