É hoje à noite.
Estes vídeos não têm grande qualidade, mas ajudam a matar saudades a quem está longe.
São da procissão do ano passado. Nos últimos anos, desliga-se a iluminação pública, para uma melhor reconstituição da tradição.
Nota: Filmagens da Filipa Teodoro
Enxidros era a antiga designação do espaço baldio da encosta da Gardunha acima da vila de São Vicente da Beira. A viver aqui ou lá longe, todos continuamos presos a este chão pelo cordão umbilical. Dos Enxidros é um espaço de divulgação das coisas da nossa freguesia. Visitem-nos e enviem a vossa colaboração para teodoroprata@gmail.com
sexta-feira, 22 de abril de 2011
domingo, 17 de abril de 2011
Primavera
A Primavera chegou com tal força que até ultrapassou o comboio da beira baixa (também não é preciso muito).
Hoje, na TV, passou uma reportagem sobre a vinda de um comboio turístico pelo vale do Tejo, para ver as cerejeiras em flor. Mas elas, em Alcongosta, já tinham a cereja a engrossar.
Eu não fui tão lento como a CP, mas quase: num fim de semana, esqueci-me da máquina fotográfica e, no seguinte, as cerejeiras já estavam a limpar (a largar as pétalas).
Deixo-vos algumas flores da Gardunha. São as do costume, mas sempre lindas!

Polígala

Violeta

Sargaço

(?)

(?)

Esteva

(?)

Carqueja
Hoje, na TV, passou uma reportagem sobre a vinda de um comboio turístico pelo vale do Tejo, para ver as cerejeiras em flor. Mas elas, em Alcongosta, já tinham a cereja a engrossar.
Eu não fui tão lento como a CP, mas quase: num fim de semana, esqueci-me da máquina fotográfica e, no seguinte, as cerejeiras já estavam a limpar (a largar as pétalas).
Deixo-vos algumas flores da Gardunha. São as do costume, mas sempre lindas!
Polígala
Violeta
Sargaço
(?)
(?)
Esteva
(?)
Carqueja
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sábado, 16 de abril de 2011
O nosso falar: destravado
Há dias, tentava eu explicar aos meus alunos a actual crise que Portugal vive, lamentando a falta de união entre os nossos políticos, a fim de pouparem os portugueses a males maiores, que já se anunciam, quando o melhor aluno da turma disparou:
“O stor é que devia ir para político!”
Tamanho elogio (não era ironia, há alunos que veneram os seus mestres) deixou-me desarmado da carapaça formalista e neutra com que nos equipamos para enfrentar questões delicadas.
Assim desprotegido, caído no poço do subjectivismo, a resposta que me saiu da boca foi: “Não tenho jeito, sou muito destravado.”
Até os distraídos concentraram os olhos em mim. Nem os dois alunos com raízes vicentinas, um na Partida, outra no Casal da Fraga e na Vila, davam mostras de ter entendido.
Lá tive de fazer o costume, sempre que nos surge uma palavra desconhecida: perguntar à palavra o que ela nos pode dizer. E esta aplica-se aos carros sem travões, que descem desgovernados e chocando nos obstáculos que encontram pelo caminho, até serem imobilizados por um suficientemente grande.
E acrescentei, voltando a mim próprio: “A política é uma actividade nobre, a ciência de governar um país. Mas é também um jogo, uma procura de equilíbrios. Ora, eu não tenho jeito para jogos, digo o que tenho a dizer e isso cria problemas com muitas pessoas.”
Quando entramos no nosso subjectivismo, é nas nossas raízes que mergulhamos. Ainda hoje a minha mãe me chama destravado, não no sentido acima usado, mas como sinónimo de apressado.
Não conheço o uso deste adjetivo, com os sentidos atrás referidos, fora de São Vicente da Beira, embora, dificilmente, o seu uso terá uma incidência apenas local.
“O stor é que devia ir para político!”
Tamanho elogio (não era ironia, há alunos que veneram os seus mestres) deixou-me desarmado da carapaça formalista e neutra com que nos equipamos para enfrentar questões delicadas.
Assim desprotegido, caído no poço do subjectivismo, a resposta que me saiu da boca foi: “Não tenho jeito, sou muito destravado.”
Até os distraídos concentraram os olhos em mim. Nem os dois alunos com raízes vicentinas, um na Partida, outra no Casal da Fraga e na Vila, davam mostras de ter entendido.
Lá tive de fazer o costume, sempre que nos surge uma palavra desconhecida: perguntar à palavra o que ela nos pode dizer. E esta aplica-se aos carros sem travões, que descem desgovernados e chocando nos obstáculos que encontram pelo caminho, até serem imobilizados por um suficientemente grande.
E acrescentei, voltando a mim próprio: “A política é uma actividade nobre, a ciência de governar um país. Mas é também um jogo, uma procura de equilíbrios. Ora, eu não tenho jeito para jogos, digo o que tenho a dizer e isso cria problemas com muitas pessoas.”
Quando entramos no nosso subjectivismo, é nas nossas raízes que mergulhamos. Ainda hoje a minha mãe me chama destravado, não no sentido acima usado, mas como sinónimo de apressado.
Não conheço o uso deste adjetivo, com os sentidos atrás referidos, fora de São Vicente da Beira, embora, dificilmente, o seu uso terá uma incidência apenas local.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Mais óvnis
Chegou, recentemente, mais um comentário à publicação "Óvnis na Gardunha?", de 23 de Novembro. Como está lá para trás, muitos não o lerão e penso que vale a pena.
Qual a minha opinião sobre o assunto? Penso que, cientificamente, tenho de aceitar que poderemos não estar sozinhos no Universo e que a ciência de amanhã poderá explicar fenómenos para os quais ainda não há explicação (viver noutra dimensão...).
Mas, como sou homem de pouca ciência, não perco tempo com o assunto. Aliás, a minha única preocupação é saber como ir até à Penha (no cume, por cima de Castelo Novo), pois tenho de satisfazer o pedido de um sobrinho meu, para o levar até lá, e não sei como descalçar a bota!
Caro José Prata, restantes conterrâneos e leitores em geral.
Chamem e pensem o que quiserem aos ditos ovnis e acreditem ou não que eles frequentam bastante a serra da Gardunha... Pessoalmente pouco me importa o que se possa dizer ou pensar deste fenómeno (que aliás nem me interessa muito...).
Agora que nas aldeias em redor da serra há muita gente de bem que viu "coisas" bem concretas e que alguns nem às parede confessam para não serem alvo de chacota e desacreditados na terra, isso podem ter a certeza que há.
E o que tem sido visto é bem mais do que luzes na serra.
Conheço gente com os pés bem na terra que andou a dormir mal durante anos por causa daquilo que viram.
Qual a minha opinião sobre o assunto? Penso que, cientificamente, tenho de aceitar que poderemos não estar sozinhos no Universo e que a ciência de amanhã poderá explicar fenómenos para os quais ainda não há explicação (viver noutra dimensão...).
Mas, como sou homem de pouca ciência, não perco tempo com o assunto. Aliás, a minha única preocupação é saber como ir até à Penha (no cume, por cima de Castelo Novo), pois tenho de satisfazer o pedido de um sobrinho meu, para o levar até lá, e não sei como descalçar a bota!
Caro José Prata, restantes conterrâneos e leitores em geral.
Chamem e pensem o que quiserem aos ditos ovnis e acreditem ou não que eles frequentam bastante a serra da Gardunha... Pessoalmente pouco me importa o que se possa dizer ou pensar deste fenómeno (que aliás nem me interessa muito...).
Agora que nas aldeias em redor da serra há muita gente de bem que viu "coisas" bem concretas e que alguns nem às parede confessam para não serem alvo de chacota e desacreditados na terra, isso podem ter a certeza que há.
E o que tem sido visto é bem mais do que luzes na serra.
Conheço gente com os pés bem na terra que andou a dormir mal durante anos por causa daquilo que viram.
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Bicharocos
Vacas-louras a pastar. Vacas, talvez porque "pastam" na erva como bovinos. Louras, porque o conteúdo do seu ventre é amarelado. Com essa massa, tiravam os antigos verrugas e sinais. Basta aplicar sobre a verruga ou sinal e desaparece. O seu poder abrasivo é tão forte que queima a pele em volta. Se a pele ficar muito exposta, corremos o risco de ir parar às urgências do hospital, com uma queimadura séria!
Ainda ando indecioso sobre o que fazer com estes bicharocos. Ajudam na polinização, mas comem a totalidade da flor onde ferram o dente. Hei-de ter de os deixar em paz!
Estes abelhões(?) são bonitos e úteis na polinização. Mas cuidado com as ferroadas!
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domingo, 10 de abril de 2011
Polémicas
Um amigo enviou-me um comentário para o blogue, não diretamente, mas para o meu e-mail. Copiei-o, coloquei-o no comentário de "Património religioso" e ia dar ordem para publicação, quando me apercebi do que estava a acontecer.
E era, simplesmente, desrespeitar um dos principais objectivos deste blogue: contribuir, pela positiva, para o melhoramento da nossa freguesia.
Se quisesse fazer crítica a tudo o que está mal, não me teria ridicularizado a mim, quando quis recordar e ensinar aos mais novos como era uma Choradela de Entrudo. Numa delas, o assunto foi precisamente um momento em que eu não cumpri a regra que me havia imposto.
Não sou ingénuo, nem deixei de ser um observador de tudo o que se passa na nossa terra. Mas considero que perdemos demasiado tempo com polémicas, necessárias para fazer ainda melhor, mas estéreis se não passarmos a esta segunda etapa.
Os alertas que deixei sobre a Procissão dos Terceiros foram apenas isso mesmo, alertas, para fazermos melhor. Usei o meu conhecimento e a minha experiência, para ajudar a nossa comunidade a tomar consciência de que a sobrevivência do nosso melhor património não depende apenas, nem sobretudo, do nosso voluntarismo em fazer coisas, mas sim da sobrevivência e respeito por aquilo que as nossas tradições religiosas têm de mais genuíno, a religiosidade popular.
Basicamente, o comentário do meu amigo punha em contraste quem trabalha e quem colhe os louros, quem trata da galinha e quem leva os ovos de ouro.
Indiretamente, foi um importante contributo para melhorar este blogue. Graças a ele, brevemente, irei dar-vos a conhecer quem trata da galinha dos ovos de ouro.
sábado, 9 de abril de 2011
Borboleta
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