sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

As receitas das avós


É sobretudo um livro de afetos, das avós para os seus netos e dos amigos para a RVJ Editores.
Há receitas muito boas.
São Vicente da Beira está presente com as papas de carolo da Maria do Carmo. Que bom!



O livro custa 20 euros e está à venda na sede da RVJ, sita junto à primeira rotunda do bairro da Carapalha (Castelo Branco). Restam apenas algumas dezenas.

Jodsé Teodoro Prata

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Viriato Nunes Lopes Russo






Jaime da Gama
(O último documento é uma preciosidade do Ernesto Hipólito)

domingo, 7 de janeiro de 2018

Os Reis Magos


Os miúdos dos bombos abriam o desfile a caminho do presépio.


Uma família feliz!


Primeiro vieram os pastores, as costureiras...
Só no fim chegaram os reis magos.
Que requinte!


Traziam presentes para todos: miúdos...


...e graúdos. 
Também me coube um saquinho de guloseimas!

Ana Isabel Jerónimo Patrício (fotos)
José Teodoro Prata (legendas)

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Felisberto Coelho Telles Jordão Monteiro



Felisberto Coelho Telles Jordão Monteiro não nasceu em São Vicente, mas terá vindo viver para cá ainda jovem, dizem que para substituir o pai, que tinha adoecido, no cargo de Secretário da Administração do Concelho (coisas das monarquias, que teimam em persistir na atualidade…).



Tinha vinte e um anos quando se casou com Mariana Augusta Ribeiro Robles, um pouco mais velha que ele, filha de Maria Rita Paulina e José Ribeiro Robles. Como os pais casaram algum tempo após o nascimento da filha, Mariana aparece como filha natural em todos os registos paroquiais. Curiosamente, apenas no registo de óbito é referido o nome do pai.
O casal teve muitos filhos, como era habitual naqueles tempos:
1.    Maria da Glória Robles Monteiro (1873) que casou com Manuel de Brito Coelho de Faria, Amanuense da Administração do Concelho de Castelo Branco. Também tiveram muitos filhos, alguns dos quais morreram ainda crianças;
2.    Maria Albertina Robles Monteiro (1875) que foi professora e morreu solteira. Dizem que tirou o curso por vontade do pai, que não se conformava por, em São Vicente, haver tanta gente analfabeta. A escola era numa sala da casa da família, na rua Nicolau Veloso. Contam que Maria Albertina era muito religiosa e que, sempre que o relógio dava as horas, mandava levantar os alunos e rezavam: Bendita seja a hora, bendito seja o dia, bendita seja a pureza da Virgem Maria. Tanto este relógio como a palmatória, que seria usada com alguma frequência, ainda estão guardados como verdadeiras relíquias;
3.    Felisberto Robles Monteiro (1878) que faleceu com pouco mais de um ano (um dado curioso é que a madrinha da criança foi a irmã Maria da Glória que, na altura, tinha cinco anos de idade);  
4.    Ângela Robles Monteiro (1880) que foi freira Doroteia e faleceu em Nápoles;
5.    Maria Amália Robles Monteiro (1883) que casou com José Gomes Barroso e também tiveram muitos filhos, entre eles um que foi padre: o Padre Albertino;
6.    Maria Guilhermina Robles Monteiro (1883), gémea com Maria Amália, que morreu quase à nascença;
7.    Hermínia Robles Monteiro (1885) que morreu solteira;
8.    Felisberto Robles Monteiro (1888) que estudou no seminário e no Colégio de S. Fiel, e fez depois o Curso Superior de Letras. Foi ator e encenador, e casou com Amélia Rey Colaço, também atriz. O casamento não terá sido do agrado dos pais, devido à profissão da noiva, e levou tempo até que fosse aceite pela família.

Para além de Secretário da Administração do Concelho, Felisberto Jordão Monteiro terá sido também Provedor da Misericórdia de São Vicente da Beira, onde ainda se encontra uma reprodução do retrato que encima este artigo.
Seria uma pessoa de bem, honesto e zelador dos interesses do concelho. Uma das bisnetas partilhou comigo algumas das histórias que, sobre ele, ainda se contam na família:
Um dia vinha a descer as escadas do edifício da Câmara, elegantemente vestido, cartola na cabeça, bengala pendurada no braço, quando se depara com outro funcionário que andaria a meter dinheiros públicos ao bolso. Ao cruzar-se com ele, pára, olha-o de frente, ergue a bengala no ar e berra-lhe: «gatuno, azeiteiro, ladrão desta Câmara, desapareça-me da frente ou vai já pelas escada abaixo!». Não se sabe como é que a coisa acabou…
Diz que outra vez, já noite, terá recebido uma notícia que o deixou desassossegado. Tão desassossegado que, apesar da escuridão e do frio da noite, aparelhou o cavalo, vestiu o capote e disse para a mulher que tinha que ir a São Fiel. A mulher, preocupada, ainda tentou convencê-lo de que fosse apenas de manhã cedo, mas ele não lhe deu ouvidos. Só lhes restou ficarem todas, a mulher e as filhas (o filho seria ainda criança), a espreitar por uma janela, cheias de medo, a vê-lo desaparecer ao fim da rua, na escuridão. Não se conhecem ao certo os motivos desta viagem noturna tão urgente, mas constou-se que levaria uma bandeira inglesa que hasteou no Colégio para evitar a sua ocupação, não se sabe por que forças…
Felisberto faleceu ainda novo, em 1901; tinha 50 anos de idade. Apesar dos muitos filhos que teve, não lhe restam muitos descendentes porque a maior parte dos filhos e netos não casaram ou não tiveram descendência. A casa onde viveu ainda se mantém na família e guarda muitas das memórias de várias gerações.

M. L. Ferreira

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

9.º Aniversário Dos Enxidros

Quantos anos tenho?

Tenho a idade em que as coisas são vistas com mais calma, mas com o interesse de seguir crescendo.
Tenho os anos em que os sonhos começam a acariciar com os dedos e as ilusões se convertem em esperança.
Tenho os anos em que o amor, às vezes, é uma chama intensa, ansiosa por consumir-se no fogo de uma paixão desejada.
E outras vezes é uma ressaca de paz, como o entardecer em uma praia.
Quantos anos tenho?
Não preciso de um número para marcar, pois meus anseios alcançados, as lágrimas que derramei pelo caminho ao ver minhas ilusões despedaçadas…
Valem muito mais que isso.
O que importa se faço vinte, quarenta ou sessenta?!
O que importa é a idade que sinto.
Tenho os anos que necessito para viver livre e sem medos.
Para seguir sem temor pela trilha, pois levo comigo a experiência adquirida e a força de meus anseios.
Quantos anos tenho? Isso a quem importa?
Tenho os anos necessários para perder o medo e fazer o que quero e o que sinto.

Por José Saramago


José Teodoro Prata

sábado, 30 de dezembro de 2017

Do 2017 ao 2018

À semelhança do ano dois mil e dezasseis; dois mil e dezassete, chegou ao fim. Mais uma etapa das nossas vidas que se ultrapassou, outra começa.
Dois mil e dezassete já não é o folgazão de outrora, está cansado e triste; arrastando os pés entrega o testemunho ao ano novo dois mil e dezoito. Este, cheio de ilusões, entra com muito fogo-de-artifício, muto álcool e muitos festejos. Mas, cada dia que passa, dois mil e dezoito encontrará os mesmo obstáculos, os mesmos problemas, os mesmos desastres naturais, ilusões, tristezas e alegrias que o ano anterior.  
A natureza humana, desde que o mundo é mundo sempre engendrou ódios, guerras, invejas, perseguições ao semelhante, nosso irmão. Felizmente também existem pessoas de bem, que lutam e anseiam por paz, justiça, igualdade e fraternidade. O mundo cada dia que passa clama por amor.
Por culpa do homem, muitas pessoas irão sofrer horrores, passar fome, frio e sede, serão obrigados a abandonar a sua casa, a sua terra. Que horror…
O ano hidrológico dois mil e dezassete foi de seca extrema, terras sedentas de água, barragens secas ou quase. Os primeiros seis meses de dois mil e dezoito, serão mais chuvosos, as terras produzirão mais ervagem para os animais, os lavradores terão mais água para as suas actividades agrícolas
A vila de São Vicente da Beira irá ter um grande e valioso museu de arte sacra, ficará sedeado no antigo solar da Fonte, que pertenceu à família do escritor vicentino Hipólito Raposo, está a ficar uma beleza, assim como o seu quintal; vai ser o orgulho da nossa freguesia. Juntamente com o Pequeno Lugar, localizado na Partida, irão ser duas instituições vicentinas que muito nos orgulharão. Dois polos de atracção turística.



Todo este património, juntamente com outros monumentos, sejam eles naturais, paisagísticos… irão certamente atrair muitas pessoas à freguesia de São Vicente da Beira e freguesias vizinhas.
Ordem Terceira, Santa Casa da Misericórdia e Paróquia, conjuntamente com a Câmara Municipal de Castelo Branco em boa hora se uniram para que deixasse de haver três pequenos museus em São Vicente da Beira e passar a haver somente um grande museu que será o orgulho do concelho e da vila.
Sendo assim, o homem põe, mas Deus dispõe.
Ah! Nunca nos esqueçamos: Deus Super Omnia.

J.M.S