quinta-feira, 30 de maio de 2019

Os sanvicentinos na Grande Guerra


Anselmo Fernandes



Anselmo Fernandes nasceu numa casa na Senhora da Orada, no dia 10 de dezembro de 1892. Era filho de António Fernandes, natural de Pescanseco, Pampilhosa da Serra, e de Maria de São João, de São Vicente da Beira.

Embarcou para França, em 21 de janeiro de 1917, com o posto de soldado, integrado na 4ª Companhia do 2.º Batalhão do Regimento de Infantaria 21, com o número 513 e placa de identidade n.º 9694.
A sua participação na Grande Guerra foi bastante curta, uma vez que terá sido ferido ou adoeceu gravemente pouco tempo depois de ter chegado a França.
Do seu boletim individual do CEP consta apenas o seguinte:
  1. Baixa ao Hospital n.º 26, em 10 de março de 1917;
  2. Evacuado para a Base, no dia 12 do mesmo mês, deu entrada no Hospital General n.º 18, em 13;
  3. Evacuado para o Hospital General n.º 26, no dia 19 de março;
  4. Alta para o depósito da Base Portuguesa, em 27 de abril, e baixa ao Hospital n.º 26, no dia 30;
  5. Alta para o depósito da Base Portuguesa, em 6 de Maio;
  6. Foi julgado incapaz para todo o serviço, em sessão do dia 14 de maio, e evacuado para Portugal, a bordo do vapor inglês Bohemian;
  7. Desembarcou em Lisboa, no dia 15 de junho de 1917.

É provável que tenha falecido pouco tempo após o seu regresso a Portugal, logo em 1917, uma vez que os familiares que ainda vivem no Casal da Serra não têm qualquer memória de terem ouvido falar nele. No seu registo de batismo, também não existem quaisquer averbamentos que possam informar sobre a sua vida depois de ter regressado de França, nomeadamente um possível casamento ou a data e local da sua morte. Nos registos paroquiais e nos registos de internamentos no Hospital da Misericórdia de São Vicente também não existe qualquer referência a Anselmo Fernandes, o que pode significar que ele não terá sequer regressado à terra. 

Maria Libânia Ferreira
Do livro "Os Combatentes de São Vicente da Beira na Grande Guerra"
À venda, em São Vicente, nos Correios e no Lar; em Castelo Branco, na Biblioteca Municipal.
O dinheiro da venda dos livros em São Vicente reverte para a Santa Casa da Misericórdia.

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