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terça-feira, 24 de setembro de 2019

A Herdade do Albano Jerónimo


Vi "A Herdade". Eu nem gosto de novelas! Nunca gostei! A não ser uma ou outra baseada numa boa obra... Não posso, porém, deixar de dizer aqui que este Albano Jerónimo, o protagonista do filme, filho de Albano - com quem eu ainda privei algumas vezes quando era um jovem inconsciente, nomeadamente, à volta da fogueira de Natal em S. Vicente da Beira, a cantar e a beber um copo com outros inconscientes(!) - e neto de Albano (todos com o mesmo apelido), pensava eu, que não fosse, justamente, além de um ator de novelas; este Albano, dizia, está soberbo! A condizer com a boa interpretação de outros atores do filme e da qualidade do guião, que retrata, de forma muito rigorosa, um período recente da nossa história, com relevância para a teia das relações humanas naquele contexto. Do melhor que se fez em Portugal, creio eu! Daí, a grande repercussão internacional!
Apenas um reparo para o tema do incesto que, no fim, centraliza toda a substância do filme, mas que, a meu ver, podia ter um desfecho diferente; com efeito, o tema foi muito usado, praticamente nos mesmos termos (incestuosos que o ignoram), por exemplo, em mais que um romance do Eça. Mas isso não apaga a grande categoria deste filme! Bravo!

José Barroso