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sexta-feira, 12 de março de 2010

Aljubarrota


Na terça-feira, dia 9 de Março, voltei ao campo de São Jorge, local onde foi travada a Batalha de Aljubarrota.
É sempre com uma pontinha de emoção que falo aos meus alunos da participação, nesta batalha, de D. Frei Fernando Rodrigues de Sequeira (1338-1431), filho de Rodrigo Anes de São Vicente da Beira e de Maria Afonso de Castelo Branco.
Era Fernando Rodrigues de Sequeira já adulto, quando el-rei D. Pedro entregou aos freires de Avis o seu filho ilegítimo, D. João. Ainda criança, foi nomeado Mestre da Ordem de Avis, por ser filho de quem era.
Mas precisava de um orientador e o escolhido foi o vicentino Frei Fernando Rodrigues de Sequeira, que se tornou seu aio.
Juntos vão passar as vicissitudes da crise de 1383-83. Defenderam Lisboa, no cerco que D. João I de Castela lhe fez, em 1384, e lado a lado estarão um ano mais tarde, nos campos de Aljubarrota.
Longo e trabalhoso foi aquele 14 de Agosto de 1385, véspera de Nossa Senhora da Assunção. Um sol abrasador e espanhóis em excesso para vencer (6 mil contra 30 mil). Ainda por cima, os castelhanos não gostaram da espera que os portugueses lhes prepararam, a norte, e desviaram-se para sul, obrigando a movimentar todas as tropas e a cavar novos buracos, onde os seus cavalos cairiam.
D. Fernando e os restantes freires de Avis ficaram ao lado do seu Mestre, na retaguarda.
As tropas inimigas romperam a vanguarda de Nuno Álvares Pereira, mas a retaguarda do Mestre de Avis e do filho de Rodrigo Anes aguentou firme, com uma fé inabalável na vitória.
Ao entardecer, os castelhanos estavam em fuga e Portugal reafirmou a sua independência.
Meses antes, o Mestre de Avis fora aclamado rei de Portugal, nas Cortes de Coimbra, com o título de D. João I. No ano seguinte (1386), Frei Fernando Rodrigues de Sequeira foi eleito Mestre de Avis.


Esquema da movimentação e da posição dos dois exércitos, na Batalha de Aljubarrota. No local onde estava a retaguarda portuguesa, ergue-se hoje o Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota.


Capela de São Jorge, erguida em agradecimento ao santo protector do exército de Portugal, no local onde se situava a vanguarda portuguesa, comandada por Nuno Álvares Pereira. Na janela da esquerda, há sempre uma bilha com água, em memória da sede que ali passaram os portugueses, nesse 14 de Agosto.


Pintura da época, representando a Batalha de Aljubarrota.