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quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Pelas brumas da Gardunha

 

O velho petrus


Ternura entre seres imperfeitos


Ave esculpida no granito


Fotos, legendas e título do Francisco Barroso

José Teodoro Prata

quinta-feira, 21 de julho de 2022

Madressilva da Gardunha

Esta trepadeira chama-se madressilva e cresce expontaneamente no Ribeiro de Dom Bento, 
nas imediações do ribeiro. 
Trouxe-a de lá e plantei-a no meu jardim.

O seu nome científico é Lonicera japonica

Família e descrição

Da família Caprifoliaceae, género Lonicera, a madressilva é uma trepadeira lenhosa de crescimento moderado que pode alcançar 2 m de altura.

Encontra-se em floração entre Abril e Agosto, com flores em forma de campainha que crescem em grupos de 2 a 6. O seu intenso e doce perfume atrai borboletas que asseguram a sua polinização.

Os frutos são bagas vermelhas.

 

Origem e habitat

Originária da China e Japão, é muito frequente nas regiões mediterrânicas.

Em Portugal poderemos encontrar três espécies nativas – Madressilva-das-boticas (Lonicera peryclimenum), Madressilva-caprina (Lonicera etrusca Santi) e Madressilva (Lonicera implexa Aiton). São frequentes nas regiões Centro e Sul, Açores, e numa região mais restrita do Nordeste transmontano, junto ao rio Douro.

Como habitat, a Madressilva prefere matagais, orlas de bosques, terrenos baldios e montanhas de baixa altitude.

 

Utilizações e curiosidades

São-lhe atribuídas inúmeras propriedades medicinais, sendo frequente a sua aplicação em fitoterapia desde tempos remotos. Registos antigos referem a prática de as crianças chuparem o néctar das suas flores (onde estão concentradas as suas propriedades medicinais).

O termo Lonicera respeitante ao seu género, foi adaptado ao latim por Carl Linné, como homenagem ao médico e botânico alemão Adam Lonitzer.

Os frutos são bagas vermelhas, tóxicas, suscetíveis de provocar vómitos e diarreias.

Deve ser cultivada em sol pleno, em solo fértil com boa adubação orgânica e regada periodicamente. É tolerante ao frio e multiplica-se por estacas.

Do site: https://gulbenkian.pt/jardim/garden-flora/madressilva/

 José Teodoro Prata

segunda-feira, 30 de maio de 2022

Cistus albidus

 


Esta cistus é originária do oeste da bacia mediterrânica, região em que se inclui a Península Ibérica. Tem folhas persistentes aveludadas de cor cinzento claro. Floresce em abril-maio e as flores rosa combinam muito bem com as folhas de um esverdeado cinzento claro aveludado, o que contrasta com o meio natural rude em que a planta vive. Os ingleses chamam às flores rock roses, porque a planta dá-se bem no meio das rochas. Gosta de exposição ao sol e precisa de solos pobres.

José Teodoro Prata

segunda-feira, 23 de maio de 2022

Malva hispânica




Ribeiro de Dom Bento, no caminho de cima da Vila para a Senhora da Orada

(a segunda foto, da mesma planta, foi tirada uma semana depois, com bom tempo)

Ontem, muitos romeiros passaram por esta planta florida a caminho da Orada. Fotografei-a de manhã, quando ainda carujava.

Esta malva chama-se Malva hispânica e pertencente à família Malvaceae.

É uma planta anual de corola rosada com floração primaveril, que ocorre em pastagens, clareiras de matos, terrenos cultivados ou incultos.

Esta espécie é nativa da Península Ibérica e Noroeste de África.

José Teodoro Prata

terça-feira, 17 de maio de 2022

Cistus atriplicifolius

 

Esta planta dtem o nome científico de Cistus atriplicifolius. Possui folhas persistentes de um cinzento esverdeado e prateado. Dos botões vermelho sombra desabrocham lindas flores amarelo de oiro, que aparecem entre maio e julho. Mas a floração pode prolongar-se até setembro, se o verão não for muito seco.

As folhas, os botões e as flores formam um lindo contraste. As plantas duram cerca de dez anos e dão-se bem em solos pobres, secos e bem drenados.

A cistus atriplicifolius é originária do sul da Península Ibérica e de Marrocos. Atinge a altura de 1/1,25 metro e a largura de 80 centímetros. Gosta de sol e suporta temperaturas negativas até - 12º.

Desconheço o nome comum que lhe dão noutras regiões de Portugal.

José Teodoro Prata

(Publicação alterada a 30/05, após concluir que esta não é a planta a que chamamos mato branco)

terça-feira, 16 de julho de 2019

Tirar o mel

Já crestei. 
Os dois enxames que comprei nos inícios de março ficaram a reproduzir-se todo o mês e só lá para meados de abril é que começaram a recolher néctar a sério.
Entretanto, o frio e a chuva de abril criaram problemas numa das colónias, que por isso perdeu a época alta da floração.
Resultado: 1 alça (caixa) de mel num dos enxames, incompleta porque dois dos quadros tinham criação e por isso tiveram de ficar na colmeia.
Foi uma festa! No apiário (às 6 horas) foi tudo fácil, apesar das expetativas que me tinham sido dadas. Depois, em casa, foi o maravilhamento face ao produto do trabalho de seres tão pequenos, mas com uma organização exemplar.





Os favos cheios de mel são tão maravilhosos que tinha pena de os esmagar e por isso guardei muitos (além de terem qualidades medicinais superiores ao mel). Depois esmaguei e espremi o resto com as mãos. Ficou tudo a escorrer num coador, para um balde.
Este mel da Gardunha é leve e muito aromático. 

José Teodoro Prata

domingo, 26 de junho de 2011

Vale de Figueiras

São bonitas as nossas aldeias de montanha: Casal da Serra, Paradanta e Vale de Figueiras.
A primeira aconchegada no colo da serra, a segunda estendida ao longo de um caminho de canseiras e a terceira metida num beco da montanha.
Sentado no penhasco do Castelo Velho, contei ao Ernesto Hipólito que visitara finalmente a única aldeia da freguesia que ainda não conhecia, Vale de Figueiras.
"Lá estás tu a dizer Vale de Figueiras. Já no blogue fazes a mesma coisa. É Vale de Figueira!"
De repente, alguém nos desviou a conversa para outro assunto e não concluímos este. Faço-o agora.
Primeiro, adorei conhecer o Vale de Figueiras. Da Partida, segue-se por um vale ribeirinho e de repente chegamos. É uma típica aldeia de montanha: vale estreito ajardinado por hortinhas bem cuidadas, casas alcantiladas nas encostas íngremes, o verde garrafa da vegetação salpicado pelo castanho das casas antigas e pelo branco das mais novas. Gente simpática, de cabelos loiros e olhos azuis. Perdeu-se aqui uma tribo de germanos, no seculo V! À entrada da povoação, termina o caminho fácil. Depois segue-se a pé ou de carro, mas com o credo na boca. O vale do ribeiro acaba um pouco mais à frente e por todos os lados a serra se empina. Caminhos bons para cabras e montanheses.
Vista dos meus enxidros, não se adivinham na serra encostas tão íngremes, para os lados da charneca. Pensava que só no Casal da Serra, do Cavaco para cima.
Segundo, o uso do plural no nome. Em toda a documentação em que tenho trabalhado, anterior a 1850, a povoação é sempre designada por Vale de Figueiras.
Tem lógica, pois o lugar tem as duas condições para ser abundante em figueiras: água com fartura e calor (o vento frio passa por cima). E haveria (há) muitas figueiras, pois uma não seria notícia neste nosso já sul mediterrânico.
Temo que a passagem do plural para o singular se deva a um lapso ou a uma decisão sem fundamento, como aconteceu recentemente com Cafede.
Sempre se escreveu Cafede, mas há anos o nome da povoação apareceu, nas placas das estradas, escrito com acento gráfico: Caféde. E pouco a pouco as pessoas interiorizaram que a palavra se escrevia assim e até os jornalistas da região passaram a escrever com acento. Agora já começam a emendar, mas as placas lá continuam, para baralhar.
E porque não leva acento agudo? Porque é uma palavra grave e estas não precisam de acento gráfico, para marcar a sílaba tónica, a que se lê com mais força. Há excepções, mas não para a palavra Cafede.

Nota: Estive em casa de uma sobrinha da Ti Mari´Zé Afonsa, daqui natural. Havia uma figueira enorme, que agora estará carregadinha de figos do Algarve.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Praga da gafanhotos


Gafanhotos em azevinho.

Há oito dias, durante o passeio pedestre pela Gardunha, fomos surpreendidos, no Cavaco (Casal da Serra), com uma figueira sem folhas e dezenas de gafanhotos a fazerem o mesmo a outra figueira.
As trovoadas de Maio e inícios de Junho trouxeram água ao campo, mas pouca à serra. A erva já secou e os gafanhotos comem tudo o que encontram verde.
São os gafanhotos que aqui mostrei, no ano passado. É uma nova espécie, sem predadores, pelo que parece, que já se tornou uma praga. Além das folhas verdes, comem também os frutos (cerejas, pêssegos...). Hoje observei, no Ribeiro de D. Bento, muitas uvas com os bagos parcialmente comidos por eles.
Experimentei combatê-los com o pesticida usado contra os escaravelhos. Vamos ver se resulta. Mas toda a serra está cheia de gafanhotos, já em fase de reprodução. Encontram-se nos matos, fetos, oliveiras, por todo o lado.


Gafanhotos em figueira.