sábado, 4 de junho de 2022

Mato-branco

 

Mato-branco florido, no Carvalhal Redondo

Esta citus pertence ao género holimium e à espécie ocymoides. É conhecida pelo nome comum de mato-branco e também por sargaço-branco.

Floresce em maio/junho e gosta de habitats de matos rasteiros. É originária da Península Ibércia e do Norte de Marrocos.

No vale da nossa ribeira, um pouco antes das Quintas, existe um lugar chamado Mato-branco. Neste momento talvez já não faça jus ao nome, pois a infestação de giesta amarela está a abafar tudo. Já deixei de ver por lá piscos e corvos, pois está a desaparecer o seu habitat.

Nota: Em publicação anterior, chamei mato-branco a outra citus; já corrigi. Ambas têm as pétalas amarelas de oiro, mas esta tem uma mancha castanha na base de cada pétala e a outra não.

José Teodoro Prata

quarta-feira, 1 de junho de 2022

Rali

 




A informação aqui apresentada foi tirada de uma publicação da Escuderia de Castelo Branco, que me foi deixada na caixa do correio, gratuitamente.
É uma revista de promoção do Rali de Castelo Branco e Vila Velha de Ródão.
A nossa junta de freguesia é um dos parceiros deste evento e, embora seja questionável o apoio financeiro a iniciativas como esta que só agravam o estado de emergência climática que estamos a viver, acho que é uma boa forma de promoção da nossa freguesia.
Dispensável foi o João Goulão não ter resistido às luzes da ribalta e ter aproveitado o seu depoimento para atirar farpas a outros ao escrever que «...desta freguesia, que se encontra esquecida há 20 anos...». Foi o único dos 14 líderes locais a fazê-lo e, como diria o velho Diácono Remédios, não havia necessidade.

José Teodoro Prata

segunda-feira, 30 de maio de 2022

Cistus albidus

 


Esta cistus é originária do oeste da bacia mediterrânica, região em que se inclui a Península Ibérica. Tem folhas persistentes aveludadas de cor cinzento claro. Floresce em abril-maio e as flores rosa combinam muito bem com as folhas de um esverdeado cinzento claro aveludado, o que contrasta com o meio natural rude em que a planta vive. Os ingleses chamam às flores rock roses, porque a planta dá-se bem no meio das rochas. Gosta de exposição ao sol e precisa de solos pobres.

José Teodoro Prata

sexta-feira, 27 de maio de 2022

O jesuíta Leonardo Nunes

Esta semana passou na Rádio Castelo Branco um podcast meu sobre o vicentino Leonardo Nunes. Eis o texto. Podem ouvi-lo em http://www.radiocastelobranco.pt/audioteca/, na rubrica História ao Minuto (é o 1.º da listagem).

O papa Francisco foi o primeiro jesuíta a alcançar o cargo máximo da Igreja Católica. Os jesuítas são assim chamados por pertencerem à Companhia de Jesus, uma organização religiosa criada em 1534, pelo espanhol Inácio de Loyola.

Naquele século XVI, os jesuítas foram uma ajuda preciosa para a Igreja Católica no combate ao protestantismo europeu e na conversão de povos não cristãos das colónias portuguesas e espanholas da América, África e Ásia.

Já aqui referimos os jesuítas António de Andrade, de Oleiros, e Manuel Dias, de Castelo Branco, ambos missionários na Ásia.

Outro beirão famoso foi o padre Leonardo Nunes, natural de São Vicente da Beira, que integrou o grupo de missionários da comitiva do primeiro Governador-Geral do Brasil, Tomé de Sousa, em 1549. Neste grupo de jesuítas chefiado pelo padre Manuel da Nóbrega seguia também o albicastrense António Pires.

Leonardo Nunes fixou-se na Capitania de São Vicente, onde foi pioneiro na missionação, tendo ali fundado uma igreja e um seminário. Mas o seu trabalho incidiu sobretudo na conversão dos índios do interior, em que obteve grande sucesso.

O trabalho do padre Leonardo Nunes na evangelização dos colonos portugueses e dos índios, no sul do Brasil, inspirou o realizador d´A Missão, um filme de 1986.

José Teodoro Prata

terça-feira, 24 de maio de 2022

segunda-feira, 23 de maio de 2022

Malva hispânica




Ribeiro de Dom Bento, no caminho de cima da Vila para a Senhora da Orada

(a segunda foto, da mesma planta, foi tirada uma semana depois, com bom tempo)

Ontem, muitos romeiros passaram por esta planta florida a caminho da Orada. Fotografei-a de manhã, quando ainda carujava.

Esta malva chama-se Malva hispânica e pertencente à família Malvaceae.

É uma planta anual de corola rosada com floração primaveril, que ocorre em pastagens, clareiras de matos, terrenos cultivados ou incultos.

Esta espécie é nativa da Península Ibérica e Noroeste de África.

José Teodoro Prata

sábado, 21 de maio de 2022

Uma lenda da Senhora da Orada

 Frei Agostinho de Santa Maria visitou a Senhora da Orada antes de 1711 e nesse ano publicou a obra Santuário Mariano em que conta a conhecida lenda da donzela e ainda esta:

Na vila de S. Vicente da Beira vivia uma mulher casada com um homem que, além de ser de condição acre e terrível, era muito ciumento e com esta paixão molestava muito a inocente mulher e a maltratava.

E como ela era boa e devota de Nossa Senhora, avivava o demónio (para a pôr em desespero e a apartar das virtudes em que se exercitava) mais a guerra que o marido lhe fazia. E chegou isto a tanto que lhe sugeriu o demónio que a matasse, porque lhe faltava na fidelidade que lhe devia.

Com estas falsas presunções, em que o inimigo o metia, levou enganada a honesta e virtuosa mulher àquele sítio, que por ser deserto naquele tempo e nas faldas de uma serra, lhe pareceu acomodado para lhe tirar a vida e a deixar sepultada nele.
Vendo a aflita mulher o intento do marido e o grande perigo em que se achava, sem ter quem lhe valesse, mais que o Céu, valeu-se daquela misericordiosa Mãe dos aflitos pecadores, para que ela a defendesse no aperto em que se achava, encomendando-se a ela em seu coração. Não se deteve a misericordiosa Senhora. Apareceu-lhe logo, confortando-a e repreendendo ao iludido marido com grande severidade.
Este, livre da tentação, pelo favor da Senhora, e reconhecido da sua culpa e temeridade, em julgar mal da sua inocente esposa, pediu perdão à Senhora e, em ação de graças, pela misericórdia que com ele e com sua honesta esposa usara, prometeu melhorar a vida e lhe edificar, naquele lugar, uma Casa, para perpétua memória do benefício que ambos recebiam.

Dando logo princípio, os venturosos casados, à Casa da Senhora, mandaram fazer aquela Santa Imagem, que nela colocaram, na forma que lhes apareceu.

José Teodoro Prata