quarta-feira, 9 de novembro de 2016

De passagem

Morte

Todos os dias faço o meu trabalhinho
Ninguém leva nada, nem um bocadinho
É assim a vida de uma criatura
Do nascimento à morte há um intervalinho
Que devemos aproveitar com cuidadinho
Mal nos descuidamos, poem-nos numa sepultura

Saibamos aproveitar o tempo da nossa vida
Rentabilizando as horas da nossa lida
Deixemos nossa marca, um rasto de luz
Ajudando o semelhante mesmo desconhecido
Afastemos o mal, sarando alguém ferido
Desta maneira torna-se mais leve nossa cruz

A morte que nos mata, não leva mais ninguém
É sempre vencida, não a olhemos com desdém
Quando menos esperamos, ei-la à nossa frente
Ninguém saberá nunca quando virá ou vem
Cada um tem a sua, neste instante morre alguém
Para onde vou! Não sei. Deixo de estar presente

Todos um dia para a grande viagem partiremos
E nunca mais te verei, ou veremos
Deixo estas rimas, esta mensagem
Quem sabe num outro mundo não nos juntaremos
Para todo o sempre e com saúde nos amaremos
Morte… Saibamos esperá-la com coragem

Senhor quando chegar a minha hora
Perdoai este pobre pecador
Este Teu filho que Te ama e adora


Zé da Villa

domingo, 6 de novembro de 2016

Ontem, na Partida

Como sempre, fomos bem recebidos no Pequeno Lugar, uma casa que está cada vez mais bonita.
E foi um serão bem passado. Com muitas histórias, conversas, gente bem disposta...


...interessada...

 

... e participativa. Para além das histórias que lemos, algumas das pessoas da assistência ofereceram-nos outras que fazem parte das suas memórias mais antigas.

      
   O coro do nosso rancho ajudou, mais uma vez, a abrilhantar a apresentação.


Para além do convívio e da boa disposição, valeu também a pena porque se venderam mais alguns exemplares do livro. Como sempre generoso, o povo da Partida!

M. L. Ferreira

sábado, 5 de novembro de 2016

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Pequenos leitores

O lançamento do livro “Dos Enxidros...”, está a revelar-se um fenómeno que já ultrapassou muito as expectativas. Quando soube que ía ser apresentado na escola, disseram-me que era mais para o 2.º e 3.º ciclos. Reclamei e acrescentaram a apresentação a todos os ciclos.
Apesar de achar as histórias de difícil compreensão para alunos da faixa etária do 1.º e 2.º anos, achei importante assistir, já que considero que os alunos devem contactar com livros o mais cedo possível, para adquirirem o gosto pela leitura e pela escrita. Qual não é o meu espanto, quando constatei que não só absorveram muita informação das histórias lidas, como alguns adquiriram o livro.
Ontem, após a realização da ficha de avaliação intermédia de português, fiquei incrédula quando vi a Zaza, uma aluna de 7 anos, tirar o livro da mochila e começar a ler. Imediatamente pensei “tenho de registar isto”.
Tenho ouvido muitos comentários de pessoas mais velhas dizerem que gostam muito das histórias do livro, porque lhes fazem recordar a sua infância e as histórias contadas à lareira, mas a Zaza não tem raízes na região, a mãe é estoniana, o pai da zona de Carcavelos. Vê-se que é uma família que valoriza a natureza (os pais são aquele casal que retira óleo das estevas), a música e os livros.
Aqui fica o seu testemunho  e um desafio:

Chamo-me Zaza,  moro no Louriçal, tenho 7 anos  e comprei o livro “Dos Enxidros aos Casais: Histórias e gentes de São Vicente da Beira”.
A história de que eu mais gostei foi a do Chalim, porque no fim o Chalim dá uma tânjara e também porque afinal ele era bom homem, mesmo parecendo mau, por não o conhecerem bem.
Gostava muito que um desenho meu saísse no próximo livro.
Zaza.
M.ª da Luz Teodoro

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Recriar a agricultura

O aquecimento global e sobretudo um maior conhecimento estão a mudar a nossa agricultura tradicional.
Contaram-me que o sr.º Chico Ventura cultiva muitas das hortícolas durante todo o ano. Vindo de Angola, onde isso se faz, não ficou preso ao nosso tradicional e tantas vezes desnecessário calendário agrícola e tem legumes frescos todo o ano.
Há anos que me admiro da forma como os meus vizinhos cultivam os quintais: no fim do inverno já têm cebolas novas, plantam-se couves em qualquer época...
A última novidade é a batata-doce. Este ano também experimentei, embora o meu jardim-quintal comece a ser demasiado sombrio.
Em abril, coloquei batatas-doces em frascos, parcialmente mergulhadas em água. Os rebentos foram surgindo e, quando atingiam um palmo de altura, transplantava-os para a terra. Pegaram todos (é preciso manter a terra húmida) e no verão tive a terra do jardim atapetada com um lindo manto verde.
Já fiz parte da colheita. As mais produtivas são as que estavam bem expostas ao sol. Também precisam da terra cavada funda, bem mexida. Entretanto, contaram-me que em certas regiões do país se faz um cômaro e colocam-se plantas dos dois lados. As batatas desenvolvem-se dentro do amontoado de terra fofa.


José Teodoro Prata

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

19 anos!


Fotografias das obras de construção da nossa escola cedidas pelo José Manuel Santos

Parece que foi ontem, e já lá vão quase duas décadas, completadas na passada quinta feira! Grande, novinha em folha, bem apetrechada e cheia de crianças.


Atualmente já não são tantas, mas ainda foi preciso um bolo bem grande para chegar para todas.


Que venham mais dezanove! Foram os nossos votos. E quem sabe? O Adelino Costa diz que ultimamente a irmã tem tido muito trabalho na maternidade do Amato Lusitano: em média dois partos por turno. A manter-se assim, talvez a Escola não acabe tão cedo por cá…


M. L. Ferreira