domingo, 18 de novembro de 2018

A Grande Guerra


A GRANDE GUERRA
A I Guerra Mundial ou Grande Guerra, como na época foi designada, ocorreu entre 1914 e 1918, faz agora 100 anos.
Ela foi causada por razões económicas e políticas. As rivalidades comerciais colocavam em confronto as maiores potências industriais, com destaque para a Alemanha, a França e a Inglaterra, ansiosas por dominar o máximo de mercados internacionais, sobretudo em territórios coloniais, que lhes permitissem fornecer-se de matérias primas baratas e vender todo o excesso das suas produções industriais.
No plano político, um amplo movimento nacionalista levara à independência de muitos territórios já no século XIX e continuava  a manifestar-se, como por exemplo na oposição dos bósnios ao domínio austríaco, o que levou ao assassinato do herdeiro do Império Austro-Húngaro, em junho de 1914, e consequentemente ao início da guerra.
Este conflito ficou caraterizado pelo uso de trincheiras, valas e abrigos subterrâneos onde cada exército se escondia do exército inimigo, também entrincheirado a poucas dezenas de metros.
Nas horas livres, os militares percorriam os campos em redor, à procura de comida. No Natal de 1917, um soldado de São Vicente da Beira trouxe um pouco de farinha e alguns ovos. Fizeram filhós e cantaram o Menino Jesus, imaginando-se nas suas terras, em redor da fogueira, junto dos seus.
A Grande Guerra impressionou as gentes da época pelo grau de mortalidade alcançado. Morreram cerca de 8 milhões de pessoas e ficaram inválidas cerca de 6 milhões.
Nela se usaram armas novas, muito mais mortíferas do que até então: metralhadoras, canhões de longo alcance, aviões, submarinos e gases. Foi a revolução científica e tecnológica posta ao serviço da morte.

José Teodoro Prata

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

O nosso falar. vagamundo


Há dias, já quase noite e um frio de rachar, tocou o telefone. Era uma vizinha a avisar:
- Olha que tu fecha as portas bem fechadas, que está um vagamundo mesmo aí à frente da tua casa.
Fui espreitar e, de facto, vi um homem sentado na paragem da camioneta. Tinha o cabelo comprido e as barbas brancas chegavam-lhe até ao peito. À roda dele, no chão, tinha dois sacos de plástico cheios com qualquer coisa, provavelmente roupa. Passado um bocado voltei a espreitar e o homem continuava no mesmo sítio, mas já embrulhado numa manta, como se fosse passar ali a noite.
A pretexto de lhe levar algum agasalho, saí de casa e fui meter conversa com ele. Era espanhol, por isso tive dificuldade em entender tudo o que disse, mas percebi que tinha nascido numa terra da Andaluzia. Percebi também que não se quedava por muito tempo no mesmo sítio e por isso abalava, sem destino certo, por esse mundo fora. Desta vez tinha vindo para Portugal e já andava por cá desde junho.
Ao outro dia, bem cedo, o homem tinha desaparecido. Na paragem da camioneta não havia qualquer vestígio de que alguém tivesse dormido naquele sítio. No centro do banco estava apenas a malga da sopa que lhe levara na véspera, bem lavada. Por baixo dela, um bocado de cartão com a palavra “gracias” escrita em letras mal alinhadas.
Durante alguns dias pensei várias vezes naquele homem e em como há vidas… (qualquer adjetivo pode ser válido ou descabido). Compreendi, finalmente, o sentido do termo vagamundo utilizado pela minha vizinha. E, cá no fundo, fiquei contente porque, do alto da minha sapiência, por pouco não lhe emendei o falar.  

Nota: A palavra vagamundo ainda consta numa edição já velhinha (sem data, infelizmente) do Dicionário da Língua Portuguesa, da Porto Editora (se atentarmos bem, o significado do termo não é exatamente o mesmo de “vagabundo”), mas já não se encontra em dicionários mais recentes, como o Houaiss da Língua Portuguesa.

Maria Libânia Ferreira

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Mais fotos da apresentação do livro

 

 Capacete e cantil de combatentes na Grande Guerra


 Os autores

 João Carrega, da RVJ Editores

 Vítor Louro, da Junta de Freguesia
 José Alves, militar e vice-presidente da Câmara

 Bem velhinho!


José Teodoro Prata

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Apresentação do livro da Grande Guerra

Pedira ao Jaime da Gama que fotografasse a sessão, caso pudesse estar presente.
Enviou-me logo os materiais, mas ontem não os pude publicar, pois estive todo o dia fora.
Publico agora os filmes e mais tarde as fotos.


O livro está à venda nos Correios de São Vicente da Beira e na Biblioteca Municipal de Castelo Branco. Custa 15 euros.

José Teodoro Prata
Fotos do Jaime da Gama

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Homenagem aos combatentes da Grande Guerra

Além do lançamento deste livro, a Junta de Freguesia vai descerrar uma lápide de homenagem aos combatentes da nossa freguesia na Grande Guerra. Uma justa homenagem a quem tanto sofreu!


José Teodoro Prata

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Os nossos combatentes na I Guerra Mundial


Começámos há 3 anos. Julgávamos que eram pouco mais de uma dúzia de combatentes e descobrimos mais de 70! Em algumas povoações da freguesia, quase toda a gente teve um familiar na guerra.
O livro está quase pronto. Encontramo-nos dia 10, véspera do centenário do armistício.

José Teodoro Prata