sábado, 23 de janeiro de 2016

Paradanta

Esta publicação é dedicada a um jovem de apelido Paradanta, que falou comigo aquando da minha palestra na Partida.
No dia 9 de julho de 1760, além da Maria das Candeias e do Teodósio Duarte, casaram também o José Leitão e a Maria Pires Duarte. Ela do Casal da Serra e ele nascido no Louriçal do Campo, mas a viver no casal do Monte do Surdo, uma propriedade do Conde de São Vicente, arrendada pelos pais.
O pai do José Leitão chamava-se Manuel Leitão e era da Paradanta. Como a mulher era do Louriçal, deve ter ficado a viver na terra da mulher, tendo nascido lá o filho José. Poucos anos depois, mudaram-se para o casal do Monte do Surdo, onde os seus descendentes vão continuar por muitas gerações. 
( O Pe. Jerónimo ainda conheceu o último membro da família a residir ali, chamado Antonio Rodrigues, isto em meados do século XX).
A propriedade do casal do Monte do Surdo ia desde a fazenda junto ao cruzamento para os Pereiros/Partida, até à Ribeirinha, incluindo todos os terrenos em volta do ribeirito que se forma lá no alto e desagua na ribeira,  separando o casal do Baraçal do Casal da Fraga.
Como haveria vários Manuel Leitão na freguesia, o povo terá acrescentado Paradanta ao nome. O filho aparece já nos registos camarários como José Leitão Paradanta.
Nos registos paroquiais que tenho consultado, surgem vários descendentes do José Leitão e da Maria Pires Duarte que foram casar à Partida. E lá terão deixado o apelido Paradanta, até hoje.


José Teodoro Prata

Um comentário:

Anônimo disse...

Também conheci o Ti' António Rodrigues. Ainda lá está a casa dele, em ruínas, à saída do Casal da Fraga para o Fundão, antes da ponte, do lado esquerdo. Ia muitas vezes ao Casal da Fraga a casa dos meus avós maternos com o meu primo Chico Santos (Alfaiate) e ainda com o meu primo Adelino Costa. Éramos miúdos. Andava por lá o Pica e irmã (filhos do Formiga), o Quina, a Orlanda e o Zinho (eram os três irmãos), o Sebastião Patrício e irmãs, o João (da Mila) e o irmão, Zé Carlos, o Tó e o Zé Miguel, irmãos do Pe. Zé Augusto Leitão, o Espanhol, os Maraus. E muito mais gente! Cito os mais velhos ou da minha idade, porque eram a minha referência. E naquela altura dois ou três anos de diferença, na idade, significam muito! Grande parte deles desapareceu por uma questão de opção ou segundo as leis naturais. Muita galula, muita brincadeira, "gente feliz, (sem) lágrimas!"
Julgo que o T'i António era avô do Tó "Serralheiro" que mora na Rua das Lajes.
Abraços.
ZB