Carvalhal Redondo, caminho do Caldeira para as Quintas
José Teodoro Prata
Enxidros era a antiga designação do espaço baldio da encosta da Gardunha acima da vila de São Vicente da Beira. A viver aqui ou lá longe, todos continuamos presos a este chão pelo cordão umbilical. Dos Enxidros é um espaço de divulgação das coisas da nossa freguesia. Visitem-nos e enviem a vossa colaboração para teodoroprata@gmail.com
Para muitos de nós, que nos criámos
sem grandes brinquedos, as plantas eram o que tínhamos mais à mão para as
nossas brincadeiras.
Na primavera era uma festa, com
tanta variedade de formas, cores, cheiros, sabores, texturas…. Comíamos algumas,
doces como mel; outras, amargosas que nem vinagre. Fazíamos colares e grinaldas
para fazermos de princesas, e desfolhávamos malmequeres para saber se éramos
correspondidas na inocência dos primeiros amores.
No mês de maio floriam os
estalinhos, mesmo a tempo da festa do Corpo de Deus. Era uma altura em que o
povo se unia, mas também rivalizava no empenho que punha na variedade de
desenhos e cores com que tecia os tapetes que se desenrolavam pelas ruas por
onde passava a procissão.
Nós, as crianças, ajudávamos no
trabalho, mas aproveitávamos também esta flor para brincarmos e fazermos os
nossos jogos: arrancávamos os “dedais” da planta, apertávamo-los pela boca e
batíamos com eles na testa ou na mão a ver quem fazia o estalinho mais sonoro.
Tudo era bom para a brincar, como
às vezes nos ralhavam os nossos pais. Mas diziam por dizer, por não quererem
confessar que também já tinham tido as mesmas brincadeiras, herdadas dos mais
velhos sabe-se lá desde quando.
Com a geração dos nossos filhos os jogos e brincadeiras tornaram-se completamente diferentes. Na dos nossos netos (quem os tem…), nem é bom falar. É verdade que há muitas e boas exceções, e as tecnologias têm as suas vantagens, mas as práticas que nos entram frequentemente pelos olhos levam-nos a temer que muitas das crianças atuais se tornem, no futuro, completamente analfabetos motores, sociais e emocionais. Também muito limitados em imaginação e criatividade. Isto num tempo em que as ciências que estudam estes fenómenos do desenvolvimento humano na sua globalidade poderiam dar uma ajuda para tornar os indivíduos mais equilibrados e o mundo bastante melhor. Só que não estamos a dar-lhes a devida atenção.
M. L. Ferreira
A Digitalis purpurea L., comummente chamada dedaleira,
pelo formato de suas flores que lembram dedais, é uma erva lenhosa ou semilenhosa da família Scrophulariaceae, nativa da Europa.
Os nomes troques e tróculos, que também a
designam, têm origem onomatopaica e são alusivos à prática popular de
fazer as flores desta planta estoirarem, fechando-lhes o bocal com os dedos e
esmagando o resto da flor com a outra mão, por molde a produzir um baque
sonoro.
Como refere a Libânia, nós usamos antes o termo estalinhos.
Das folhas secas das plantas extrai-se a Digoxina, substância que é utilizada para fazer medicamentos para diversos problemas do coração, como insuficiência cardíaca congestiva, fibrilação arterial e em alguns casos, arritmia cardíaca.
José Teodoro Prata
(Fonte: Wikipédia)
José Marques Neto
José Marques Neto nasceu em São
Vicente da Beira, no dia 14 de agosto de 1892. Era filho de António Marques e
Maria Neta, proprietários.
Assentou praça no dia 12 de julho
de 1912 e foi incorporado no 2.º Batalhão do Regimento de Infantaria 21, em 14
de janeiro de 1913. De acordo com a sua folha de matrícula, sabia ler e
escrever corretamente na altura da incorporação e tinha a profissão de
ferrador. Completou a recruta em 3 de abril e regressou a São Vicente da Beira.
Foi mobilizado para a guerra e apresentou-se
novamente, em 5 de maio de 1916, para integrar o CEP. Embarcou para França no
dia 20 de janeiro de 1917. Fazia parte do Comboio Automóvel, 3.ª Secção, do
Regimento de Infantaria 21, com o posto de soldado, com número 143 e a placa de
identidade n.º 19703 (alterada posteriormente para 20483). Foi colocado no 1.º
Grupo Automóvel com as funções de motorista.
Do seu boletim individual consta o
seguinte:
a) Castigado pelo comandante
da companhia, com 5 dias de prisão disciplinar, em julho de 1917, por ter
discutido com um camarada, tendo-o insultado com palavras obscenas e atirado
com um martelo que ia atingindo um militar do mesmo escalão;
b) Seguiu em diligência para
a direção do comboio, em 7 de agosto de 1917;
c) Colocado no 1.º Grupo
Automóvel (1.º escalão), em 2 de abril de 1918, onde ficou com o número 212;
d) Regressou a Portugal, no dia dois de maio de
1918.
Passou à reserva ativa no dia 11
de abril de 1928 e à reserva territorial em 31 de dezembro de 1933.
Família:
Após ter regressado à terra, José
Marques casou com Maria do Nascimento Ferreira, também natural de São Vicente
da Beira, no dia 15 de setembro de 1920, e tiveram dois filhos:
1.
José Maria Marques Neto que casou com Maria Rosa Sousa e tiveram 1
filha;
2.
António Marques que casou com Maria Alice Lourenço e tiveram 2 filhas.
Antes de partir para França, José
Marques tinha a profissão de ferreiro. Terá depois trabalhado também como
carpinteiro e agricultor, inicialmente na Casa Visconde de Tinalhas e depois nas
terras que foi adquirindo e herdou dos pais. Foi produtor e negociante de azeite
e, durante algum tempo, empreiteiro de obras públicas. Em sociedade com o irmão
António Neto, terá sido responsável pela construção do troço da Estrada Nova, entre
a Oriana e o Bairro de São Francisco.
Foi mesário da Santa Casa da
Misericórdia de São Vicente, exercendo os cargos de secretário e tesoureiro em
vários mandatos.
Após a morte da esposa, em 1973, José Marques ainda permaneceu alguns anos em São Vicente, mas, já mais idoso, foi morar para o Fundão, onde viveu com a família do filho António. Foi lá que faleceu no dia 9 de maio de 1994. Tinha quase 102 anos.
(Pesquisa feita com a colaboração
da neta Filomena Maria Marques)
Maria Libânia Ferreira
Do livro: Os Combatentes de São Vicente da Beira na Grande Guerra
Hoje é dia da romaria da Senhora da Orada e eu vou faltar. Sinto-me como o Miguel Torga, que, num trecho que li ontem, dos seus diários, escreveu sentir-se cheio de remorsos por ter ido a São Martinho de Anta a meio de dezembro e não ter ficado para passar o Natal. E nem os seus oitenta anos lhe serviam de consolo, preocupado com a solidão que os seus mortos iriam sentir sem o conforto da lareia acesa, na noite da consoada.
O dia está chuvoso. Recordo como se fosse hoje certas
romarias em que a chuva não despegava por aqueles dias e tínhamos de ficar em
casa. Vislumbro com total nitidez um dia de muita chuva em que desci as escadas
da casa da Tapada e fiquei parado à porta a olhar a chuva miudinha, com pena de
perder a festa.
A minha romaria é a das cabeçadas no cruzeiro, para ouvir os
sinos de Roma; são as giestas vergadas de flores amarelas, pelo caminho e nas
encostas da capela; os sons da aparelhagem e da banda; as barracas que vendiam
medalhas de açúcar com a imagem da Senhora; aquele muro tão alto onde me
sentava a medo, com um leirão de milho lá ao fundo, a que o Insa (?) cortava
uma faixa, para passar a procissão; o pontão de madeira entre o recinto e a
fonte, a vergar com o peso de tanta gente a querer saciar-se com a água milagrosa;
a amoreira frente à capela, que na festa nos dava sombra e nos pintava a roupa
domingueira nos passeios de Verão; o tio João da Cruz, mais o Insa e o sr. António
Remoaldo, os festeiros das Quintas, atarefados
de um lado para o outro (por isso não gostei daquela pedra de lagar colocada há
anos com os nomes de uma só comissão de festas, que fez obras de vulto, mas
cuja simples existência menospreza, mesmo sem querer, a obra de tantos festeiros
do passado, eles também com obra relevante).
Relembro uma conversa que tive com o ti Joaquim Teodoro, já perto
dos seus 100 anos, ele que foi o último ermitão que ali viveu como rendeiro da
Casa Cunha. Falou-se da história da capela e dos milagres da Senhora que deram
nomeada à ermida. E outros ermitões que depois fui encontrando nas minhas
pesquisas históricas. Alguns deles achados ocasionalmente, pois alguém lhes
deixara à porta um recém-nascido, para eles criarem ou levarem à Câmara, que os
entregava à rodeira. Aquele ermo era de facto o lugar ideal para abandonar uma
criança, embora sempre me tenha intrigado como fariam para iludir os cães da
casa, que os haveria necessariamente.
Mas nos anos da minha infância, a romaria era um dia triste
para todos, porque tínhamos pais, maridos e irmãos emigrados em França ou na
guerra do Ultramar. Os sermões acabavam invariavelmente a remexer-nos essa
chaga, como se ela não doesse já o suficiente. Mais tarde, já eu adolescente, o
meu primo Tó Inês foi ferido na Guiné, precisamente no dia e hora da festa da
Senhora da Orada, num ataque em que ele foi o único sobrevivente do veículo em
que seguia. Esteve meses no hospital e só voltou à terra na sexta-feira santa
do ano seguinte. Era (faleceu há poucos meses) um rapaz simples, muito amigo e religioso, como o pai dele, o ti Zé Lopo, dizia a minha mãe. Ele atribuía a sua sobrevivência
à proteção da Senhora da Orada.
Nesses anos eu não ia à romaria, pois estava no seminário. Só vim uma vez, porque o Pe. Jerónimo nos deu boleia. Penso que além de mim vieram o Chico Barroso e o Zé Augusto. E ainda coube pelo menos um amigo nosso, que se embebedou e nós à rasca cerca das 17 horas, na Praça, ponto de partida combinado com o motorista. Valeram-nos a Teresinha e a Mila Matias, bondosas como a mãe, que o levaram a casa e lhe fizeram um café bem forte. Metemo-lo no carro quase em coma e felizmente dormiu toda a viagem.
Não vos demoro mais, que já estais atrasados. Quanto a nós, vemo-nos por
lá qualquer dia!
José Teodoro Prata
O jornal Público de 17 de maio publicou esta notícia da nossa Ana Rita Teodoro:
Ana Rita, André e João tropeçam (mas não caem) na língua portuguesa
Ão, em cena até sábado no Teatro do Bairro Alto, em Lisboa, é uma peça
musical, com os corpos metidos ao barulho, movida pela linguagem: tão sedutora
quanto traiçoeira.
17 de Maio de 2023, 20:14
Ana Rita Teodoro é uma das cúmplices por trás
desta abordagem a um dos mais carismáticos ditongos do português CARLOS PINTO
Não deve
existir canção em português que não inclua rimas em “ão”. Não deve existir
frase que nos saia da boca que não meta lá pelo meio um “ão”. O “ão”, como
escreve Fernando Venâncio num livro (Assim Nasceu Uma Língua) que André e.
Teodósio partilhou com os seus dois cúmplices em Ão, é um ditongo que se
comporta como uma “espécie invasora” na língua portuguesa. Está por todo o
lado, contamina todo o discurso, comporta-se como um monarca omnipotente,
regozija-se com o facto de não poder ser devidamente pronunciado por qualquer
cidadão nascido fora da lusofonia. Se, como se repete no espectáculo em cena no
Teatro do Bairro Alto (TBA), em Lisboa, até ao próximo sábado, tropeçamos
constantemente em sons que nos ficam colados e nos aprisionam, “ão” é, com toda
a certeza, um dos mais insistentes.
Ão tem vários inícios. André e. Teodósio queria “fazer um espectáculo
sobre a palavra”, conforme explica ao PÚBLICO. “A palavra não apenas dita, mas
também cantada, que fosse o tema da conversa. Da mesma forma que os
espectáculos da Praga [Teatro Praga, companhia de que é co-fundador], às
vezes, têm por protagonista a arquitectura, o linóleo, o computador ou a
própria palavra.”
Ao mesmo
tempo, vinha deixando fermentar a vontade de trabalhar com a coreógrafa e
bailarina Ana Rita Teodoro e o músico João Neves, reflexo
da admiração pelos percursos e pelos imaginários e referenciais dos dois. Era
uma vontade que havia de concretizar-se um dia, não necessariamente no mesmo
espectáculo. Só que, à medida que começou a pensar neste ditongo como algo
musical, e a convencer-se de que podia erguer-se um espectáculo em torno dessa
sugestão sonora, os nomes dos dois passaram a coabitar na sua cabeça.
Unidos por
“uma ideia de musicalidade”, os três fecharam-se vários dias numa sala a testar
os pontos de confluência musicais e a construir, aos poucos, os temas “à [Ryuichi] Sakamoto, à Laurie Anderson, à Meredith Monk, à Sparks, à Meira Asher” que pontuam o espectáculo. No fundo,
Ão é como uma investigação à relação de cada um/a com a palavra (dita ou
cantada), problematizando a linguagem. Ou seja, escarafunchando naquilo que a
linguagem tem de libertador, por permitir a expressão de cada indivíduo/a, mas
também de castrador, no que as palavras aprisionam e limitam.
"Ão",
o ditongo, é assim um pretexto, uma desculpa para um exercício lúdico em torno
da linguagem. Em que as várias línguas se cruzam, podendo escutar-se um “pain
au chocolat”, em que a dor é inglesa, mas o chocolate é francês, ou em que
se pode dizer, sem curto-circuito mental, “I stepped numa carta que me
foi enviada with that sound”.
Na verdade, e
dadas as muitas citações que atravessam Ão, de excertos musicais de
Björk e Chico Buarque ao “metal fundente” de Entre nós e as palavras de
Mário Cesariny, a peça vê-se também como uma homenagem à forma como as
palavras, vindas das mais diversas fontes, nos ocupam e nos compõem. Daí que
Ana Rita Teodoro refira “esta grande evidência, que aparece na peça, de o ‘ão’
estar tão presente no nosso dia-a-dia e nunca darmos de caras com ele de uma
forma tão concreta”. Porque não é apenas de um “ão” que se fala, claro, mas de
toda uma reflexão acerca “de estar, de pertença, de não pertença, uma junção de
referências”.
Bonito e traiçoeiro
Tropeça-se
muito no som e nas palavras em Ão. Tropeça-se não para cair, mas porque
avançar pela língua e pela construção identitária a isso obriga. O espectáculo
deixa-se atravessar por uma duplicidade que é possível sintetizar neste ditongo
pelo qual podemos apaixonar-nos ao mesmo tempo que ele nos aprisiona. A peça
constrói-se "também a partir dessa ideia, de que um ‘ão’ ou uma língua
podem ser tão bonitos quanto traiçoeiros”.
Se tanto se
fala em inglês como em português, as palavras coladas umas às outras, é porque
o pensamento de Teodósio, o autor do texto, alguém que cresceu nos Estados
Unidos antes de regressar a Portugal, funciona assim. Afinal, pelo meio desta
plasticidade musical com que o texto vai surgindo, reforçando ou contrariando o
que dizem os corpos dos três intérpretes, muitas vezes num estado quase
contemplativo de câmara lenta, emergem migalhas ficcionais, autobiográficas,
resultantes das leituras de cada um. Sem que haja vontade, em momento algum, de
transformar Ão numa “aula de português cantada”. Não há teses
linguísticas aqui; há sim, uma apropriação pessoal da língua, respeitando
apenas regras próprias.
Para André
Teodósio, esta é, no entanto, e apesar da dimensão corporal que Ão
também assume, “uma peça sonora”. “Não estamos, mas podíamos estar no escuro,
bastaria ouvir apenas ou sentir as frequências do som.” Porque os corpos,
conclui, “são estranhos naquele espaço”, naquele “tapete” de frases onde é
possível que qualquer um dos três intérpretes, a dado momento, possa tropeçar.
Mas há nestes movimentos em palco, que Ana Rita Teodoro compara à empatia que
se estabelece num concerto, em que os sons convidam a dançar e a cantar, uma
ideia de poderem ser reproduzidos. Afinal, a linguagem é uma ferramenta de
comunicação e de chegar ao outro. Falar sozinho é uma outra história. Em Ão,
só se tropeça porque os olhos não estão no chão, e sim naquele que se quer
alcançar.
Lourdes Pedro
É muito humana a ambição de deixar por escrito um testemunho sobre a própria vida. Ora, a quem interessa a vidinha de Fulano ou Sicrana?
Acontece que há vidas e vidas; e há livros-testemunho,
digamos autobiográficos, que não se limitam à vidinha, que constituem janelas
sobre lugares, sobre uma sociedade, sobre um certo tempo. Já li desses.
Vem isto a propósito de Lourdes Pedro: um esteio na vida de Edmundo Pedro. O livro com este
título foi apresentado em 12 de Maio passado, na Associação 25 de Abril, na rua
da Misericórdia (antiga rua do Mundo), ao Chiado, em Lisboa, um evento que
juntou várias dezenas de pessoas.
Lourdes Ricardo Pedro é uma pessoa singular. A caminho
do centésimo aniversário, disse no acto que ainda há-de escrever a contar a
vida difícil que teve - ficamos à espera. Filha de João Ricardo e de Amélia de
Jesus, ambos nascidos em São Vicente, foi casada com Edmundo Pedro, um homem
que pagou um alto preço por se opor ao regime de Salazar. Um custo extensivo à
família mais chegada, Lourdes e Sónia, mulher e filha.
O livro lançado naquele dia é de facto uma janela
sobre um tempo, que se alarga aos anos pós 25 de Abril de 1974, o ambiente
social, a vida de (e com) um homem durante décadas na mira (e vítima) da
polícia política, a actividade e o sucesso profissional, pessoal e empresarial,
situações vividas e pessoas com quem se deu, com quem se defrontou, que amou ou
com quem simplesmente se cruzou. Lourdes Pedro, mulher generosa e lutadora, em
discurso directo.
Construído com os testemunhos da própria, recolhidos
em muitas horas de conversa, registados e organizados por Amílcar Faustino -
sanvicentino por adopção - o livro, de que tenho neste momento um exemplar à
minha frente, recomenda-se pela forma e pelo conteúdo. Lê-lo faz bem à saúde,
mormente à saúde da alma.
Pergunto-me, a finalizar, se não seria interessante uma apresentação pública do livro na nossa Biblioteca, em São Vicente. E recordo: Lourdes Pedro: um esteio na vida de Edmundo Pedro, ed. Âncora Editora, 2023 (167+3 pp.).
Lourdes Pedro
A mesa: António Baptista Lopes, o editor; Lourdes Pedro; Vasco Lourenço, presidente da Associação 25 de Abril; Elisio Summavielle, presidente do Centro Cultural de Belém, que fez a apresentação do livro; e Amílcar Faustino, autor-organizador da obra.
A assistência
J Miguel Teodoro
(O autor desta notícia escreve segundo a antiga grafia)
Foto do José Barroso, para ilustrar o seu comentário (ver caixa de comentários):
José Teodoro Prata, 17/05/1923