domingo, 17 de dezembro de 2017

Gente nossa, 1915



Filomena Duarte era filha de Augusto Duarte Leitão e Maria do Carmo, 
todos naturais do Casal da Fraga.

Jaime da Gama

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Ser cidadão

Acabo de ler o livro Sobre a Tirania - Vinte Lições do Século XX, de Timothy Snyder, um historiador dos Estados Unidos da América, publicado em Portugal pela Relógio D´ Água Editores.
Face à campanha eleitoral de Donald Trump, em 1916, e à emergência de regimes autoritários na Europa, até no seio da União Europeia, o autor achou por bem alertar os cidadãos do mundo para os perigos da tirania. A democracia não é um bem adquirido definitivamente, como tendemos a pensar, por isso há que perceber como surgiram os regimes tiranos no século XX, para os evitarmos no século XXI.
O autor, que considera a sua obra mais um panfleto do que um livro, apresenta-nos vinte lições que devemos tirar das ditaduras do século XX, estabelecendo constantemente paralelismos com a campanha de Trump e os regimes pré-fascistas que têm surgido na Europa.
Lições:
1. Não obedeças por antecipação
2. Defende as instituições
3. Cuidado com o Estado unipartidário
4. Responsabiliza-te pela face do mundo
5. Lembra-te da ética profissional
6. Fica alerta com os paramilitares
7. Sê prudente se tiveres de andar armado
8. Opõe-te
9. Estima a nossa linguagem
10. Acredita na verdade
11. Investiga
12. Faz contacto visual e conversa de circunstância
13. Pratica uma política corporal
14. Estabalece uma vida privada
15. Contribui para boas causas
16. Aprende com os teus semelhantes de outros países
17. Fica atento a palavras perigosas
18. Mantém-te calmo quando o impensável acontecer.
19. Sê patriota
20. Sê o mais corajoso que te for possível

Contra-capa
José Teodoro Prata

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

sábado, 9 de dezembro de 2017

Arquitetura tradicional do granito, Gardunha


Não me lembro dela. Escondida no meio das mimoseiras, só com o fogo ficou a descoberto.
Situa-se no alto de uma pequena elevação, entre a Barroca do ti Miguel da ti Laurentina e o Caldeira, perto do caminho para o Cabeço do Pisco, junto ao pinheiro manso.
Ao vê-la, parei o carro e fui fotografá-la:

 A abertura do forro faz lembrar velhos templos românicos.

 Do lado sul tem um curral entre a rua e a loja.

 Escavaram para ter pedra para a casa e aproveitaram o buraco para a loja.
O granito é de dente de cavalo (grão grosso).

 Vista dos lados sul e oeste.

Janela a lembrar seteiras, 
de um tempo em que nem todas as aberturas eram fechadas com portadas.

Lado oeste, entrada da casa.

Ao voltar ao caminho, cruzei-me com o meu padrinho e com os filhos João e Tó, a caminho da azeitona. Disseram-me que aquele monte, casa incluída, fora da ti Mari´Zé Afonso.
Em casa, a minha mãe contou-me que chegou a ir lá levar a merenda ao meu pai, que fez uns arranjos na casa. Quem lá morava era  a ti Áutua.
Gabei o sítio tão soalheiro, a arquitetura da casa e a sua solidez (sem uma rachadela). Ela olhou-me preocupada: "Não queiras comprar aquilo, aqui na terra as casas estão quase todas vazias, só moram duas ou três pessoas em cada rua!"
Esteja descansada, mãe. Não realizarei o sonho de acabar os meus dias sentado numa pedra soalheira, a olhar por umas cabritas. Mas que esta casa (e muitas outras que o fogo pôs a descoberto) valia a pena, isso valia! São já de um outro mundo, mas... Portugal está cheio de estrangeiros que se cansaram da agressividade da vida urbana e optaram por estes paraísos naturais das pequenas coisas.

José Teodoro Prata

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

A ocidente

PORTUGAL

Ó Portugal, Portugal
Meu berço, meu Lar Natal
Ó Portugal, Portugal
Terra dos meus progenitores
Ó Portugal, Portugal
Terra de sol, mar e sal
Minha Terra, meu berço
Onde se reza o terço
Terra de Santa Maria
Com ermidas caiadas de branco
No alto de morros penhascosos
Tão verdejantes e formosos
Terra de romarias
Bombos, pífaros e pandeiros
É Portugal nosso Lar
Estevas, pedras, giestais
Morros, charnecas, sei lá que mais
És meu solar, Portugal
Ai de quem te faça mal
Meu Portugal, meu berço
Terra da Senhora do terço.
Esteja onde estiver
No mar, no ar ou noutro local
Minha Pátria é Portugal
Terra monumental.
Foste Lusitana e romana
Árabe e castelhana
Mas tinhas que ser Portugal
Não és rica! Não faz mal
Tua riqueza está nas nossas mãos
No teu Povo forte e valente
Ai de quem se mete com a gente
Leva com a pá…
E mete-se no fogo ardente
És Portugal modesto, mas rijo
Unido, és vencedor
Unido, és criador
Unido, és valente
Rijo como o granito
Moreno e trigueiro
Sulcaste o mar navegando
Novas terras conquistando
Com outros povos te foste relacionando
Com eles te mesclando
Tua língua ensinando
Por lá ficaste morando
À sombra de Portugal
Novas terras desbravando
Outros frutos e sementes cultivando
Com outras religiões te foste misturando,
Novas culturas, adquirindo
Mas no fundo do teu coração
Portugal sempre foi por ti lembrado.
De vez em quando uma lágrima furtiva
Escorre cara abaixo, é a recordação
Das filhoses, das festas e folguedos
Da tua Terra Natal
Do teu Lar, do teu Portugal
Uma lágrima furtiva, salgada…
São saudades
Da água fresquinha da fonte
Do sino a tocar as trindades
Das ovelhas que passam
Balindo e chocalhando
Dos velhinhos na praça descansando
Das mães na igreja orando
Pelos seus que partiram
Para longes terras tratar da vida,
São tantas as saudades
Dos que deixaram a casinha.
Hoje cai uma telha, amanhã outra
No dia seguinte é a porta que se abre
Depois, um caibro apodrece
Outro, e outro…
A água entra na sonave
A madeira amolece
O que foi um lindo lar
Transforma-se em ruinas
Os donos partiram…
À noite nas esquinas
Vejo fantasmas a passear
As casas cheias de vida outrora,
Poderão ser um dia, ou não
Locais de peregrinação
Ou então
Algum cidadão
Resolve deitar a mão
Fazendo uma nova reconstrução
E os que partiram
Resta-lhes a recordação
Mas as saudades da sua TERRA NATAL
SERÁ SEMPRE PORTUGAL

Zé da Villa

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Agora nós

Em 1640, duas regiões de Espanha, Portugal e Catalunha, revoltaram-se em simultâneo contra o poder centralizador de Madrid, insurreição orquestrada por Paris, de onde o Cardeal Richelieu mexia os cordelinhos da política internacional.
A nossa restauração vingou, mas a Catalunha não conseguiu a independência. Tenta agora outra vez e de novo acompanhada pelos lusitanos, mas desta só os da Gardunha.
Clicar no link abaixo e depois no canto inferior esquerdo clicar na Parte 2. Esperar um poucochinho, pois é logo no princípio (03:33) e vale a pena.

https://www.rtp.pt/play/p3143/e317792/donos-disto-tudo

José Teodoro Prata