sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Natal


O inverno está à porta, não tarda muito entra pelas nossas casas dentro. É a estação do recolhimento, do Natal.
Advento, quer dizer chegada, é o tempo que precede o nascimento do Menino, são quatro semanas de celebração e preparação até à noite da vigília, do nascimento, que se comemora com a missa do galo.
Não recordamos somente a vinda de Jesus ao mundo terreno, mas celebramos também o dia da família por excelência. É um tempo de paz e de amor entre todas as criaturas de boa vontade.
- Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade (Lucas 2.12).
Naquele tempo, Maria, esposa de José, deu à luz um Menino que marcou toda a humanidade, para os cristãos é uma festa importante por várias razões.
- Menino Deus que quis ser como nós, tinha trinta e três anos quando morreu num madeiro para nos redimir depois de andar por ai espalhando a Palavra da paz, do amor. Quando rezardes; rezai assim:
- Pai-nosso que estais nos céus…
Foi a única oração que Ele nos ensinou.
Para os nossos irmãos que não seguem Jesus é também para eles uma época festiva, mais não seja pela reunião de todos os membros da família, troca de prendas, e a mensagem de Paz e Amor que não pode deixar ninguém indiferente.
O mundo está precisando de Paz como o corpo necessita de comida.
Tanta miséria humana; fomes, crianças esgravatando no lixo tirando ao lixo os restos deitados para o lixo, não podemos ficar indiferentes.
Milhões de pessoas passam fome, sofrem doenças, vivem em casebres, vagueiam por aí fugidos da guerra que assola tantas partes da Terra.
Temos obrigação moral de ajudar quem abandona as suas casas e procura refúgio na Europa
São pessoas como nós. A fraternidade não pode ser uma palavra vã.
O Natal, é quando o Homem quiser, frase mais que batida; ponha-se em prática esta frase para que os deserdados da vida possam ter todos os dias algo com que mitiguem o estômago mas sem a caridadezinha que grassa por ai nestes dias.
Tempo de luzes, de alegria, que os grandes deste mundo aproveitam e transformam numa época consumista. As pessoas esfalfam-se por essas “catedrais” do consumo ver e comprar uma bugiganga que na noite santa do nascimento do Menino alguém vestido com um ridículo fato vermelho, disfarçado com umas longas barbas brancas, surge com um saco às costas e distribui embrulhos aos familiares.
As crianças olham embasbacadas: foi o pai natal…
O Menino não quis nascer na sua terra, não quis nascer na casa dos pais, escolheu um curral onde se recolhiam os animais.
Não foram somente os pobres pastores que correram ver o Menino trazendo-Lhe oferendas, vieram também poderosos; os magos ofereceram incenso, mirra e ouro. Epifania; gentios que O quiseram adorar e agraciar.
Quem não gosta de ver um presépio, sobretudo as crianças?
Que bom é ver reunida toda a família à volta da mesa na noite da consoada, enquanto existem tantas pessoas, tantas crianças por esse mundo sem terem uma côdea que lhes mitigue a fome.
São Francisco de Assis deixou-nos a tradição do presépio. Casas, igrejas, praças, largos; mais ou menos elaborado, eis o presépio.
Uma santo Natal!


J.M.S

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Crianças reflorestam a Gardunha

A Junta de Freguesia de São Vicente da Beira, em colaboração com o Agrupamento de Escolas José Sanches e São Vicente da Beira, levaram a cabo, no dia 15 de Dezembro, uma iniciativa para a reflorestação da Serra da Gardunha: a criação de um viveiro na escola de São Vicente da Beira.
Com a colaboração dos alunos do pré-escolar, 1.° e 2.° ciclos, semearam-se várias espécies de árvores, como sobreiros, carvalhos e pinheiros, para posterior plantação.
Pretendemos incentivar e consciencializar os alunos a plantar árvores, depois de muitos deles terem visto de perto o fogo que tornou negra toda a Gardunha.
Depois desta iniciativa, a Junta de Freguesia  fará o seu próprio viveiro, com bolotas que foram recolhidas por vicentinos e as ofereceram com este objectivo.




Ana Isabel Jerónimo Patrício

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Gente nossa

Nome do requerente: Jerónimo Chaves
Estado: casado com Ernestina Vaqueiro
Filiação: Mariano Carrasco Lave e Henriqueta Argona 
Jaime da Gama

domingo, 17 de dezembro de 2017

Gente nossa, 1915



Filomena Duarte era filha de Augusto Duarte Leitão e Maria do Carmo, 
todos naturais do Casal da Fraga.

Jaime da Gama

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Ser cidadão

Acabo de ler o livro Sobre a Tirania - Vinte Lições do Século XX, de Timothy Snyder, um historiador dos Estados Unidos da América, publicado em Portugal pela Relógio D´ Água Editores.
Face à campanha eleitoral de Donald Trump, em 1916, e à emergência de regimes autoritários na Europa, até no seio da União Europeia, o autor achou por bem alertar os cidadãos do mundo para os perigos da tirania. A democracia não é um bem adquirido definitivamente, como tendemos a pensar, por isso há que perceber como surgiram os regimes tiranos no século XX, para os evitarmos no século XXI.
O autor, que considera a sua obra mais um panfleto do que um livro, apresenta-nos vinte lições que devemos tirar das ditaduras do século XX, estabelecendo constantemente paralelismos com a campanha de Trump e os regimes pré-fascistas que têm surgido na Europa.
Lições:
1. Não obedeças por antecipação
2. Defende as instituições
3. Cuidado com o Estado unipartidário
4. Responsabiliza-te pela face do mundo
5. Lembra-te da ética profissional
6. Fica alerta com os paramilitares
7. Sê prudente se tiveres de andar armado
8. Opõe-te
9. Estima a nossa linguagem
10. Acredita na verdade
11. Investiga
12. Faz contacto visual e conversa de circunstância
13. Pratica uma política corporal
14. Estabalece uma vida privada
15. Contribui para boas causas
16. Aprende com os teus semelhantes de outros países
17. Fica atento a palavras perigosas
18. Mantém-te calmo quando o impensável acontecer.
19. Sê patriota
20. Sê o mais corajoso que te for possível

Contra-capa
José Teodoro Prata

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

sábado, 9 de dezembro de 2017

Arquitetura tradicional do granito, Gardunha


Não me lembro dela. Escondida no meio das mimoseiras, só com o fogo ficou a descoberto.
Situa-se no alto de uma pequena elevação, entre a Barroca do ti Miguel da ti Laurentina e o Caldeira, perto do caminho para o Cabeço do Pisco, junto ao pinheiro manso.
Ao vê-la, parei o carro e fui fotografá-la:

 A abertura do forro faz lembrar velhos templos românicos.

 Do lado sul tem um curral entre a rua e a loja.

 Escavaram para ter pedra para a casa e aproveitaram o buraco para a loja.
O granito é de dente de cavalo (grão grosso).

 Vista dos lados sul e oeste.

Janela a lembrar seteiras, 
de um tempo em que nem todas as aberturas eram fechadas com portadas.

Lado oeste, entrada da casa.

Ao voltar ao caminho, cruzei-me com o meu padrinho e com os filhos João e Tó, a caminho da azeitona. Disseram-me que aquele monte, casa incluída, fora da ti Mari´Zé Afonso.
Em casa, a minha mãe contou-me que chegou a ir lá levar a merenda ao meu pai, que fez uns arranjos na casa. Quem lá morava era  a ti Áutua.
Gabei o sítio tão soalheiro, a arquitetura da casa e a sua solidez (sem uma rachadela). Ela olhou-me preocupada: "Não queiras comprar aquilo, aqui na terra as casas estão quase todas vazias, só moram duas ou três pessoas em cada rua!"
Esteja descansada, mãe. Não realizarei o sonho de acabar os meus dias sentado numa pedra soalheira, a olhar por umas cabritas. Mas que esta casa (e muitas outras que o fogo pôs a descoberto) valia a pena, isso valia! São já de um outro mundo, mas... Portugal está cheio de estrangeiros que se cansaram da agressividade da vida urbana e optaram por estes paraísos naturais das pequenas coisas.

José Teodoro Prata